Abrapa divulga fazendas certificadas pelo ABR e licenciadas pela BCI na safra 2013/2014

Publicado em: 3 de julho de 2014
O estado da Bahia foi o que teve o maior salto de certificações com aumento de 83% em comparação à safra passada

O estado da Bahia foi o que teve o maior salto de certificações com aumento de 83% em comparação à safra passada

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) começou a divulgar, a partir de 1º de julho, a lista das propriedades certificadas pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e licenciadas pela Better Cotton Initiative (BCI) na safra 2013/2014. São 66 propriedades nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Minas Gerais e Bahia – onde o processo de certificação já foi finalizado – que cumpriram os requisitos do ABR e foram aprovados pelas certificadoras independentes que atuam em cada estado. O número é 57% maior que na safra anterior, considerando os referidos estados.

Para o licenciamento da BCI, o aumento foi de 41%. Nos estados já finalizados, a soma de fazendas licenciadas em 2012/2013 foi de 41, enquanto que na safra 2013/2014 já foram licenciadas 58 propriedades.

“A tendência, desde que iniciamos com a BCI e, depois, com o ABR, é sempre de crescimento. Esperamos que este número seja ainda maior com o final da certificação no estado de Mato Grosso”, diz o presidente da Abrapa, Gilson Pinesso.

O estado de Mato Grosso, devido ao grande número de fazendas, ainda não finalizou o processo de certificação e terá a lista de certificados divulgada nos próximos dias.

ESTADOS – A Bahia, segundo maior estado produtor do país, foi o que teve o maior salto de certificações. O aumento foi de 83% em comparação à safra passada. Na safra 2012/2013 eram 18 fazendas, que passaram para 33 na safra atual. Destas, 26 ainda fizeram a opção pelo licenciamento da Better Cotton Initiative (BCI).

O estado de Goiás, terceiro maior produtor brasileiro, saltou de 6 para 16 fazendas certificadas pelo ABR, sendo 15 licenciadas pela BCI. Um aumento de 166%, explicado por questões geográficas, segundo o Gestor de Sustentabilidade da Abrapa, Denilson Galbero. “Algumas fazendas da região de fronteira entre Goiás e Mato Grosso do Sul eram atendidas pela Ampasul, associada do MS, por conta da proximidade. Porém, como o ABR contabiliza por estado, neste ano elas passaram a ser atendidas pela Agopa, associada de GO”, explica Galbero.

Com a questão geográfica, o Mato Grosso do Sul, caiu de 5 para 4 fazendas certificadas entre as safras 2012/2013 e 2013/2014. E Minas Gerais, o número de propriedades foi mantido entre as safras: 11. O mesmo acontece no Maranhão, que manteve as duas fazendas certificadas. Nos três estados, o total certificado pelo ABR também foi licenciado pela BCI.

CERTIFICAÇÃO – A certificação do programa ABR é feita em duas partes. Inicialmente, é realizada uma verificação interna pelas equipes de sustentabilidade das associações estaduais, que observam a conformidade das propriedades com a lista de requisitos do programa. “Os técnicos vão até as fazendas para uma avaliação e orientação sobre como corrigir os possíveis problemas”, explica Galbero.

Após a verificação interna e a correção das não conformidades, é o momento da verificação de terceira parte, por certificadoras independentes. Para a safra 2013/2014 as empresas contratadas para realizar a auditoria independente são a ABNT, que fará o trabalho em MT, MS, BA e MA; a SGS, em MG; e a Gênesis Group, em GO. O principal requisito para a seleção das empresas foi a acreditação internacional. Elas foram escolhidas após uma análise de preços e reconhecimento entre nove instituições.

ABR – O programa Algodão Brasileiro Responsável é uma iniciativa da Abrapa e de suas estaduais para unificar o protocolo de certificação de sustentabilidade na produção de algodão no Brasil. A partir da safra 2013/2014, o produtor certificado pelo ABR será, se assim quiser, automaticamente licenciado pela Better Cotton Initiative (BCI). O ABR baseia-se em princípios relacionados aos três pilares básicos da sustentabilidade: ambiental, social e econômico.

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