Agora é Guerra: Primeira reunião define estratégias para controle do bicudo-do-algodoeiro

Publicado em: 11 de novembro de 2015
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Reunião para definição das ações de combate ao bicudo

Com o objetivo de definir ações imediatas para controle do bicudo-do-algodoeiro, cerca de 45 pessoas, dentre elas, produtores, consultores, gerentes, engenheiros agrônomos, técnicos e colaboradores de diversos núcleos de produtores de algodão, se reuniram no auditório da Fazenda São Francisco, no município de Riachão das Neves, no dia 20 de outubro. A ação faz parte da Campanha de combate ao bicudo-do-algodoeiro, lançada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), e executada na Bahia, pela Associação Baiana do Produtores de Algodão (Abapa), através do Programa Fitossanitário.

O diretor da Abapa, coordenador e supervisor do Programa Fitossanitário da Bahia, e eng. agrônomo consultor, Celito Breda, reforçou o esforço da coletividade e ressaltou a importância do empenho de todos na tentativa de solucionar esse problema. “O intuito dessa reunião é fazer com que os produtores se organizem em núcleos no combate ao bicudo, para isso precisamos que todos se disponham a isso”, disse Breda, que na oportunidade, apresentou os líderes dos Núcleos Estrada do Café e Anel da Soja: Ademar Antonio Marçal (Fazenda São Francisco) e Ricardo Teixeira (Fazenda Campo Aberto).

O produtor Ademar Marçal, expôs sobre a sua disponibilidade em colaborar e propor ações e medidas imediatas para o bom manejo de controle de soqueiras e tigueras de algodão. “Eu vejo o algodão como uma grande opção para nós produtores. Nos últimos anos a gente tem melhorando muito a nossa média de produtividade do algodão. A grande preocupação, no entanto, é o controle do bicudo, uma vez que tem sido cada vez mais difícil e os custos cada vez mais altos. Acredito que essa iniciativa, é uma maneira de tentarmos tratar o problema e encar essa dificuldade para chegar a um denominador comum para uma série de problemas que essa praga traz”, destacou Ademar.

Durante a reunião foi definido o Grupo Técnico do Núcleo, formado pelos engenheiros agrônomos e gerentes de fazenda: Severo Amoreli, da Fazenda São Francisco, Orestes Mandelli, do Grupo Decisão, Caio Torres, da SLC Agrícola e Alexssander Barcelos, do Grupo Synagro. “Esse grupo tem o intuito de propor soluções para as possíveis problemáticas”, disse Breda.

A reunião aconteceu na Fazenda São Francisco, do produtor Ademar Marçal

A reunião aconteceu na Fazenda São Francisco, do produtor Ademar Marçal

Resultados de Pesquisa – Pesquisas realizadas pela Fundação Bahia e Embrapa e pela Consultoria Círculo Verde, que demonstram resultados em destruição de soqueiras e tigueras de algodoeiros, foram apresentadas durante o encontro. O pesquisador Dr. Julio Cesar Bogiani, apresentou os resultados da pesquisa realizada pela Fundação Bahia e  Embrapa. O consultor e engenheiro agrônomo, Dr. Pedro Brugnera apresentou os resultados da pesquisa da Circulo Verde. Ambas as pesquisas, demonstraram que é preciso mais de um método para a destruição de soqueira e que é preciso mais opções e de métodos conjugados, além de produtos eficientes para sucesso efetivo na destruição de soqueira e tigueras.

Nesse encontro, foram definidos dez procedimentos para a próxima safra, bem como, uma proposta de trabalho para 30 dias para os representantes do núcleo. A próxima reunião do núcleo ficou pré-definida para dia 04 de dezembro de 2015, da Fazenda Campo Aberto, em Luís Eduardo Magalhães. Participaram dessa reunião: Agrícola Xingu; Agronol; Fazenda Decisão; Fazenda São Francisco; Fazenda Zuttion; Grupo Irmãos Franciosi; Grupo Horita; Círculo Verde – Assessoria Agronômica & Pesquisa; JCO Fertilizantes; Savana/Paineiras; SLC Agrícola; Synagro; CBB; De Ponta a Ponta; Equipe Consultoria; FMC; IHARA; JCO Fertilizantes; e participantes do Programa Fitossanitário da Bahia.

PROPOSTAS DE AÇOES PARA OS PRÓXIMOS 30 DIAS:

1. Definir representante por fazenda/produtor.
2. Criar Grupo WattsApp/ e e-mail.
3. Agenda de reuniões para discussões das atividades, casos de sucesso e dificuldades encontradas, necessidades de ações emergenciais no núcleo. As reuniões poderão ser extraordinárias.
4. Avaliação da situação e tomada de decisão corretiva.
5. Monitorar margens das vias.

PONTOS APROVADOS:

1. Não fazer rotação com milho -> CONSENSO.
2. Estabelecer área de monitoramento/monitor de 500 ha -> CONSENSO.
3. Armadilhamento de bordaduras e interior das áreas de algodão em monocultivo para medir o BAS -> CONSENSO.
4. Armadilhamento e monitoramento das áreas destinadas à de soja sobre Algodão para medir o BAS -> RECOMENDAÇAO.
5. Armadilhar áreas irrigadas, aplicar de acordo com a necessidade->RECOMENDAÇÃO.
6. Monitorar as algodoeiras -> CONSENSO.
7. Instalação de armadilha do tipo atrai e mata (Tubo Mata Bicudo) no mínimo 30 dias antes da semeadura -> CONSENSO.
8. Adição de inseticida na calda de dessecação. Produtos e doses de acordo com recomendação técnica -> CONSENSO .
9. Semear áreas em rotação por último -> RECOMENDAÇAO.
10. Aplicação em bordaduras logo após a emergência do algodão, inclusive áreas de rotação com intervalo semanal, repetir após chuvas-> CONSENSO.

Ascom Abapa

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