Agrodefesa edita normas para controle da praga do algodão

Publicado em: 6 de outubro de 2010

A disseminação da praga Anthonomus Grandis – nome científico do bicudo – pode inviabilizar a cotonicultura em Goiás, um dos maiores produtores de algodão do Brasil. Considerando o valor sócio-econômico da cultura do algodoeiro em Goiás, o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária Agrodefesa – Maurício Antônio do Vale, editou Instrução Normativa, de n° 005/2010 instituindo medidas fitossanitárias para a prevenção e controle do bicudo, bem como estabelecer o vazio santiário em Goiás. A Instrução foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira.

A Intrução determina que, a cada safra, todo plantador de algodão ou possuidor de área produtora da fibra, terá que cadastrar ou recadastrar a gleba junto a unidade operacional local da Agrodefesa. Os cultivadores ficam obrigados a eliminar restos culturais do algodão ou de plantas voluntárias, através do controle químico ou mecânico das estruturas vegetativas e reprodutivas. Igual obrigação se impõe aos responsáveis por instalações de armazenamento, beneficiamento e comércio da fibra.

A destruição de restos culturais da lavoura de algodão e plantas voluntárias deve ser efetuada em até 15 dias após a colheita, não podendo ultrapassar a data limite, estabelecida pela Agrodefesa, para o início do vazio sanitário de cada região. Plantas voluntárias são as que permanecem ativas após a colheita e as que germinam espontaneamente.

Vazio sanitário é o período de ausência total de plantas vivas, cultivadas ou voluntárias, da lavoura de algodão. O vazio será estabelecido respeitando o período para cada região produtora. Fará efeito de aplicação desta norma, o Estado de Goiás fica divido em quatro regiões. O diploma normativo estabelece penalidades para quem plantar algodão, mesmo que em consórcio com a soja, durante o período de esvaziamento. As lavouras serão compulsoriamente destruídas.

A Instrução Normativa é extensa e prescreve inúmeros cuidados que os cultivadores devem tomar a fim de assegurar o vazio sanitário e, com isso, controlar a eficazmente a praga do bicudo. Os interessados em maiores informações podem conferir o Diário Oficial de hoje (página 2) ou entrar em contato com às unidades operacionais locais da Agrodefesa.

Fonte: Abrapa

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