Bicudo continua sendo a principal praga do algodoeiro e maior desafio do setor

Publicado em: 28 de novembro de 2014

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Na quinta-feira, 20 de novembro foi realizado o VII Workshop do Algodão, evento promovido pela AMPASUL, Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão, no Salão de Eventos do Sindicato Rural de Chapadão do Sul.

Dividido em quatro painéis: Sustentabilidade, Biotecnologia, Fitossanidade e Qualidade da Fibra e Finanças Agrícolas, o evento contou com renomados profissionais ligados ao setor da cotonicultura e indústria têxtil. Ao final de cada painel foram abertos espaços para perguntas e respostas, com um coordenador.

Dentro do Painel Fitossanidade ficou claro aos participantes que o bicudo ainda é a principal praga do algodoeiro e o grande desafio da classe produtora e de toda a cadeia produtiva.

Segundo o pesquisador do IAPAR, Engenheiro Agrônomo e Pesquisador Walter Jorge dos Santos, a lagarta da maçã já foi uma praga ameaçadora à cultura, mas há 30 anos que o bicudo vem ameaçando a cotonicultura no Brasil.

Walter mostrou em sua palestra o que muitos já sabiam, mas a sua presença em Chapadão do Sul foi fundamental para alertar os produtores, técnicos e consultores, da importância do trabalho em grupo para vencer a praga e garantir a continuidade da cultura no Brasil.

A abertura de grandes áreas do Centro-Oeste brasileiro, com diversificação e até mais de duas épocas de cultivo foi benéfico para a economia, para os produtores, mas também, para a disseminação das pragas e doenças das variadas culturas. Para a expansão do bicudo não é diferente.

Assim como ocorreu nos Estados Unidos, no Brasil igualmente terão que serem tomadas medidas que passam pela informação, trabalho em conjunto e muita disciplina.

Atualmente agrava-se com a chegada dos materiais transgênicos e a sequência de lavouras em curto espaço de tempo, o que dificulta a destruição de plantas voluntárias ou a total destruição de soqueiras do algodoeiro, principalmente nas lavouras de milho e soja.

Mesmo assim, a transgenia ainda é a principal ferramenta contra as pragas e doenças. As plantas involuntárias são hospedeiras do bicudo, inseto que se alimenta exclusivamente do algodão e multiplica-se rapidamente.

Outro agravante para o algodoeiro, apontado pelo pesquisador Walter é que a cultura aparece sempre como receptor de pragas e doenças. Elas saem das lavouras da soja, do milho e migram para os algodoais, principalmente por estar sempre sendo cultivada a posteriori.

Para que a principal ferramenta, a transgenia seja duradoura, é importante que os produtores façam corretamente as áreas de refúgio, retardando ao máximo a resistência das pragas.
Participação.

O Presidente da AMPASUL, o cotonicultor Darci Augustinho Boff esteve no evento, agradeceu o empenho dos funcionários da entidade, na organização e realização do VII Workshop.

Ele ainda conclamou a união da classe para defender os seus interesses sócio-políticos e técnicos, que garantem a continuidade da atividade e o seu fortalecimento.

Na plateia que esteve o tempo todo atenta e interagindo com os palestrantes, encontravam-se produtores, técnicos e consultores, além de universitários em busca de conhecimentos agronômicos. (AMPASUL)

Fonte: Dourados Agora

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