Commodities Agrícolas

Publicado em: 4 de fevereiro de 2011

Realização de lucros Os contratos futuros de açúcar com entrega em maio, negociados na bolsa de Nova York, encerraram o pregão de quinta-feira com queda de 299 pontos, a 29,77 centavos de dólar por libra-peso. A valorização do dólar contribuiu para a queda, mas analistas ouvidos pela agência Dow Jones Newswires também atribuíram o movimento de baixa à realização de lucros após os papéis terem atingido o maior patamar de preços em 30 anos – devido a temores de que um forte ciclone pudesse prejudicar os canaviais da Austrália. “Os preços altos levaram a uma saída dos traders”, disse um analista da Lind-Waldock à agência.

No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 50 quilos do açúcar ficou em R$ 76,96, com alta de 0,13%. No mês, a valorização é de 1,38%.
Queda expressiva Os preços futuros do algodão recuaram na quinta-feira na bolsa de Nova York, na esteira da valorização da moeda americana e da realização de lucros. Os contratos com vencimento em maio fecharam o pregão a US$ 1,6782 por libra-peso, com queda de 318 pontos. Ao longo do dia, no entanto, a fibra chegou a bater na casa de US$ 1,80. “Depois de uma sequência de novos recordes de alta e sem nenhuma grande notícia no dia, a valorização do dólar encorajou a realização de lucros com os papéis de algodão”, disse Mike Stevens, um analista independente de algodão, em entrevista à Dow Jones Newswires. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para o algodão ficou em R$ 3,6701 por libra-peso, com alta de 1,01%. No mês, a commodity acumula valorização de 2,43%.

Pressão do câmbio Assim como ocorreu com as outras commodities agrícolas, os contratos futuros de soja também foram influenciados, na quinta-feira, pela valorização do dólar e por realização de lucros. Na bolsa de Chicago, os papéis com vencimento em maio encerraram o pregão com queda de 8,25 centavos de dólar, a US$ 14,4575 por bushel. “Com o dólar firme e perspectivas de uma safra boa no Brasil, os traders optaram por vender os papéis e embolsar bons preços”, disse Mário Balletto, analista do Citigroup Global Markets, de Chicago, em entrevista à agência Dow Jones Newswires. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a soja ficou em R$ 50,47 por saca, com alta diária de 0,14%.

Neste mês, o indicador já acumula valorização de 1,65%. Dólar mais forte Após atingir o maior valor em 30 meses, o milho recuou na quinta-feira, na bolsa de Chicago, pressionado por realização de lucros e pela alta do dólar. O contrato com vencimento em maio caiu 6,50 centavos de dólar, para US$ 6,7325 por bushel. Segundo a Dow Jones Newswires, a alta recente está relacionada à projeção de queda nos estoques de milho e à disputa por área com a soja nos EUA. Além da realização de lucros, o dólar mais forte torna mais caros os produtos americanos. No Brasil, o indicador ESALQ/BM&FBovespa para o grão ficou em R$ 32,16, recuo de 0,27%.

Fonte: Abrapa

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