Commodities Agrícolas

Publicado em: 28 de janeiro de 2011

Demanda chinesa. Os contratos futuros do algodão atingiram cotação recorde no mercado americano na quinta-feira. Segundo analistas, o movimento se deveu à corrida dos produtores para atender a demanda chinesa, maior consumidor mundial da fibra. Os preços do produto mais que dobraram no último ano, na esteira das compras chinesas, que atingiram seu maior patamar desde 2006. “O suporte aos preços vem da China”, diz Andy Ryan, consultor-sênior para risco da FCStone Fibers & Textiles, do Tennessee. Na bolsa de Nova York, os papéis com vencimento em maio ficaram em US$ 1,6343 por libra-peso, com alta de 410 pontos. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a libra-peso ficou em R$ 3,5383, com alta diária de 0,29%. No mês, a commodity já acumula alta de 21,39%.

Greve na Argentina. A greve iniciada nos portos exportadores de grãos da Argentina fez com que os preços da soja fechassem em alta o pregão de quinta-feira na bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em maio terminaram o dia cotados a US$ 14,10 por bushel, em alta de 13,50 centavos de dólar, a segunda consecutiva na semana. Segundo a Bloomberg, os trabalhadores que atuam nos portos suspenderam os embarques e pedem por reajustes de salário. Cerca de 60% dos embarques de soja da Argentina, terceiro maior exportador do mundo, passam pelos portos onde os trabalhos foram paralisados. No mercado interno a quinta-feira também foi de alta. Em Rondonópolis (MT), a saca foi negociada ontem a R$ 42,50, em alta de 0,5%, conforme levantamento do Imea.

Aumento das Chuvas. O sentimento de que as chuvas na Argentina serão suficientes para minimizar as perdas previstas nas lavouras de milho do país fez com que os preços do cereal fechassem em queda o pregão de quinta-feira na bolsa de Chicago. Os contratos para maio foram cotados a US$ 6,61 por bushel, queda de 7 centavos. Segundo a Bloomberg, as chuvas devem persistir no norte da Argentina, melhorando as perspectivas para a safra. Além disso, o USDA relatou que as exportações semanais americanas foram de 547,5 mil toneladas na semana encerrada no dia 20. O volume é 20% inferior ante a semana anterior e sinaliza uma retração na demanda depois dos preços terem alcançado a máxima em 30 meses. No Paraná, a saca foi negociada a R$ 21,56, queda de 0,46%, segundo o Deral.

Recuo nos preços. Os contratos futuros do trigo encerraram o pregão de quinta-feira em queda, depois de atingirem altas ao longo do dia. Segundo traders ouvidos pela agência Dow Jones Newswires, houve algum movimento de realização de lucros depois que os papéis atingiram o maior preço em cinco meses, e isso contribuiu para pressionar os preços. Na bolsa de Chicago, os papéis com vencimento em maio recuaram 9,25 centavos de dólar, para US$ 8,7500 por bushel. Já na bolsa de Kansas, que comercializa o trigo americano de melhor qualidade, os contratos com mesmo período ficaram em US$ 9,4325, queda de 7,25 centavos de dólar. No mercado paranaense, a saca de 60 quilos do trigo fechou o dia em R$ 25,13, com alta diária de 0,08%, segundo informou o Deral.

Fonte: Abrapa

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