Commodities Agrícolas

Publicado em: 9 de dezembro de 2010

Temperaturas baixas Os contratos futuros do suco de laranja concentrado e congelado encerraram o pregão de ontem com a maior alta em três anos, na bolsa de Nova York. De acordo com alguns analistas, as baixas temperaturas suscitaram especulações sobre danos aos pomares da Flórida, o segundo maior produtor de laranja do mundo depois do Brasil. “O foco está nos primeiros dias da semana que vem. A temperatura pode cair para abaixo de zero”, afirmou o meteorologista agrícola da MDA Information Systems, Donald Keeney, em entrevista à Bloomberg. Com isso, os papéis com vencimento em março do ano que vem fecharam a US$ 1,6680 por libra-peso, com alta de 500 pontos. No mercado doméstico, a caixa com 40,8 quilos da laranja à indústria paulista ficou em R$ 15,41, segundo o Cepea/Esalq.

Consumo chinês Os contratos futuros do algodão reverteram a tendência de queda dos últimos dois dias e encerraram em alta. O movimento se deveu à percepção de que os esforços recentes do governo chinês para esfriar a inflação não vão desacelerar a demanda no país. A China é o maior consumidor mundial da fibra. “O efeito desses esforços não será duradouro”, resumiu à Bloomberg o trader independente Mike Stevens. “Você pode esfriar, mas não frear o consumo”. Com isso, os papéis para março, negociados na bolsa nova-iorquina, ficaram em US$ 1,3195 por libra-peso, alta de 158 pontos. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a libra-peso da fibra ficou em R$ 2,8277, com valorização de 0,78%. Neste mês, a commodity já acumula uma alta de 5,45%.

À espera do USDA Depois de dois dias consecutivos de queda, os preços da soja fecharam em alta na bolsa de Chicago, diante das expectativas para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã. Os contratos para março fecharam a US$ 13,05 por bushel, com alta de 10,75 centavos. Segundo a Dow Jones, analistas esperam que o relatório revele estoques apertados, em consequência de uma oferta menor da América do Sul. Além disso, o USDA deve apontar que a demanda seguirá aquecida, principalmente com as compras da China. No mercado interno, os preços da soja ficaram estáveis. Segundo levantamento do Imea, a saca foi negociada ontem a R$ 47,50 na praça de Rondonópolis (MT).

Demanda por etanol Influenciados pela demanda recorde de etanol de milho nos Estados Unidos, os preços do cereal fecharam o pregão de ontem na bolsa de Chicago em alta, a primeira da semana. Os contratos com vencimento em março terminaram o pregão de ontem cotados a US$ 5,745 por bushel, ganho de 12,75 centavos. Segundo a Bloomberg, diante do aumento da demanda pelo combustível os estoques de milho tendem a ser reduzidos. O Departamento de Energia americano informou que a produção de etanol subiu 6,1%, na semana passada, para 939 mil barris por dia. Esse foi o maior ganho semanal desde o fim de julho. No mercado interno, houve queda. No Paraná, as cotações recuaram 0,66%. Segundo dados do Deral, a saca foi negociada na quarta-feira a R$ 19,68.


Fonte: Abrapa

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