Commodities Agrícolas

Publicado em: 1 de abril de 2011

Abaixo do esperado Os produtores americanos de algodão deverão plantar uma área 15% maior neste ano, segundo relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgado quinta-feira. O mercado esperava um aumento maior, de 20%, uma vez que os preços internacionais da fibra estão em níveis recordes. “Os números foram uma surpresa”, disse Andy Ryan, consultante-sênior da FCStone Fibers & Textiles, em entrevista à Bloomberg. Com isso, os contratos futuros do algodão com vencimento em julho, encerraram o pregão na bolsa de Nova York a US$ 1,9290 por libra-peso, com alta de 605 pontos. Já no mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a libra-peso ficou em R$ 3,8803, com variação negativa de 0,31%. No mês, a commodity recuou 2,65%.

Novo empurrãozinho Os preços de muitas commodities agrícolas vinham subindo desde meados do ano passado devido a problemas climáticos que afetaram regiões produtoras do mundo e contribuíram com a escalada nos preços dos alimentos. Na quinta-feira, os grãos ganharam mais um empurrãozinho, segundo a Dow Jones Newswires, com a notícia de estoques menores nos EUA, apesar do aumento na área plantada previsto. No caso da soja, isso representou alta de 38,25 centavos de dólar nos contratos com vencimento em junho na bolsa de Chicago. Os papéis encerraram o dia o US$ 14,21 por bushel. No mercado doméstico, o indicador Cepea/ BM&FBovespa para a saca ficou em R$ 49,30, com alta de 0,28%. No mês, a soja já registrou queda de 1,20%.

Dúvidas no ar Os contratos futuros do milho encerraram o pregão de quinta-feira, na bolsa de Chicago, em alta de 30 centavos de dólar, a US$ 7,01 por bushel. De acordo com analistas ouvidos pela agência Dow Jones Newswires, a explicação para esse movimento é que o mercado continua preocupado com as condições climáticas durante a primavera, o que pode elevar a umidade no Meio-Oeste e a seca nos Estados do Sul dos Estados Unidos, como o Texas. Nem mesmo a notícia do USDA de que a área plantada deverá aumentar nesta safra foi capaz de inverter o humor dos investidores. Já no mercado interno, o indicador Cepea/BM&FBovespa para a saca de 60 quilos ficou em R$ 30,88, com variação negativa de 0,10%. No mês, o milho acumula uma queda de 0,45%.

Na esteira do USDA Os contratos futuros do trigo também encerraram o pregão de quinta em alta no mercado americano, influenciados, assim como outras commodities agrícolas, pelo divulgação de estoques menores que o esperado pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Na bolsa de Chicago, os papéis com vencimento em julho fecharam a US$ 7,9925 por bushel, com alta de 36 centavos de dólar. Já na bolsa de Kansas, que comercializa o trigo americano de melhor qualidade, os contratos para o mesmo período encerraram a US$ 9,185 por bushel, valorização de 45,75 centavos de dólar. No mercado interno, o preço médio para a saca de 60 quilos do trigo ficou em R$ 26,62, estável, segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).

Fonte: Abrapa

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