Efeito Japão. O sentimento de que os terremoto e o tsunami que atingiram o Japão podem limitar o crescimento econômico mundial e, consequentemente reduzir a demanda por commodities, fez com que os preços do açúcar recuassem ontem na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em julho fecharam ontem cotados a 25,60 centavos de dólar por libra-peso, em queda de 84 pontos. Conforme a Bloomberg, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse que o país vive sua pior crise desde o fim da Segunda Guerra Mundial. “Ainda estão sendo feitas análises sobre os reais impactos do terremo to sobre o mercado”, disse Jeff Bauml, vice-presidente do R.J. OBrien. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq foi cotado a R$ 71,21 por saca, queda de 0,71%.
Impacto no consumo Os preços do café tiveram mais um dia de queda na bolsa de Nova York diante das especulações de que o consumo do produto pode ser influenciado pelo elevado preço do produto. Ontem, os contratos futuros com vencimento em maio fecharam o pregão cotados a US$ 2,733 por libra-peso, em queda de 110 pontos. Depois de os preços atingirem o maior patamar em quase 14 anos na bolsa, analistas acreditam que as torrefadoras começarão a repassar as altas para os consumidores, que podem comprar menos. “Essas cotações já começam a influenciar a demanda”, disse Mu Li, analista de commodities do CPM Group à Bloomberg. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq do café arábica terminou a segunda-feira a R$ 530,31 por saca, queda de 0,34%.
Compras especulativas Os preços do suco de laranja voltaram a subir ontem na bolsa de Nova York, recuperando parte das perdas registradas na semana passada, quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou sua estimativa para a safra americana, no momento em que o mercado esperava por um corte. A medida derrubou as cotações para níveis atraentes para compras especulativas. Com isso, as entregas para julho subiram ontem 70 pontos para US$ 1,6645 por libra-peso. Analistas consultados pela Dow Jones, informaram que, apesar da alta, o mercado ainda pode sentir os efeitos do terremoto e tsunami ocorridos no Japão, que podem limitar o crescimento econômico mundial. No Brasil, a caixa de laranja para a indústria ficou estável ontem, segundo o Cepea, a R$ 15,00.
Demanda reduzida Sinais de que China pode reduzir sua demanda diante dos atuais níveis de preços fizeram com que as cotações do algodão recuassem ontem na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em julho terminaram o pregão de ontem a US$ 1,8625 por libra-peso, em queda de 700 pontos. O Centro Nacional de Informações de Algodão da China informou que as importações do país recuaram 53% em fevereiro em comparação a janeiro para 184,2 mil toneladas. Segundo a Bloomberg, o volume também é 17% menor que o registrado em fevereiro do ano passado, e analistas começam a identificar sinais de uma desaceleração na demanda da China, maior importador mundial de algodão. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq ficou estável em R$ 4,0159 por libra-peso.
Fonte: Abrapa
