Definidas ações do Grupo Operacional de Emergências Fitossanitárias

Publicado em: 28 de março de 2013

O Grupo Operacional de Emergências Fitossanitárias se reuniu, na última terça-feira (26), na sede da Aiba – Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, para discutir o Plano de Ação para o Manejo da Helicoverpa spp., no Oeste da Bahia. A praga, já causou prejuízos de mais de um bilhão de reais na região.

O Plano será realizado em parceria e com ações conjuntas entre os órgãos e instituições que compõem o Grupo. Todo o processo será coordenado pela Aiba, Abapa, Fundação Bahia, Fundeagro e consultores da região. ”O Plano é importante e precisa ser implantado. Mesmo que tenhamos que buscar ajuda fora, é preciso fazer algo e nós vamos fazer.”, disse o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato.

De acordo com o diretor da Abapa, Celito Missio, a região precisa desse plano para próxima safra. “ Constatamos que resolver tudo com inseticida químico não é mais eficiente para a situação que se apresenta. Precisamos adotar outras práticas como o vazio sanitário, refúgio, controle biológico, permanente formação de monitores, dentre outras.

É imprescindível que as ações sejam coletivas, pois de forma isolada não conseguiremos resultados satisfatórios. Quando adotarmos essas novas práticas, iremos controlar além da Helicoverpa, outras pragas que atacarem o sistema agrícola”, afirmou.

O trabalho no campo será feito pelos agentes da ADAB. ”Pela primeira vez nós temos um grupo treinado e capacitado para emergências sanitárias na área vegetal no Brasil e este grupo estará aqui no Oeste da Bahia. São cerca de 20 fiscais que farão um levantamento fitossanitário e um posterior mapa com identificação das áreas mais atingidas. Esta não será uma visita de autuação e sim uma visita educativa”, disse o coordenador regional da ADAB, Armando Sá Nascimento Filho. Segundo ele, os fiscais vão procurar saber se os agricultores conhecem a praga, quais os produtos que estão utilizando no combate, a eficiência destes produtos, se têm algum tipo de consultoria técnica e quais os danos econômicos sofridos. Os grupos terão bases em Luís Eduardo Magalhães, Formosa do Rio Preto e Correntina mas, se deslocarão por toda a região Oeste.

CALENDÁRIO DE VISITAS

• Roda Velha – 5 Equipes – 03 a 07/04;
• Luís Eduardo Magalhães – 1 Equipe – 03 a 07/04;
• Rosário – 2 Equipes – 03 a 07/04;
• Ouro Verde/Garganta – 3 Equipes – 08 a 12/04;
• Estrada Café/Anel Soja – 2 Equipes – 08 a 12/04;
• Coaceral – 3 Equipes – 08 a 11/04.

CALENDÁRIO DE REUNIÕES NAS COMUNIDADES

• Roda Velha – 09/04/2013 às 19:00;
• Luís Eduardo Magalhães – 10 / 04 / 2013 às 19:00;
• Rosário – 11 / 04 / 2013 às 19:00.
• Ouro Verde/Garganta – 16/04/2013 às 19:00;
• Estrada Café/Anel Soja – 17/04/2013 às 19:00;
• Coaceral – Barreiras – 18/04/2013 às 19:00.

Na cidade e nos laboratórios, o trabalho, que já foi iniciado, está a cargo dos técnicos da Fundação Bahia. Eles estão distribuídos em cinco grupos. O primeiro, é o grupo de Controle Biológico de Pragas que, em parceria com universidades e institutos de pesquisa, vai fazer testes com insetos, bactérias, fungos e vírus para combater a Helicoverpa spp. Já o grupo de Calendário de Plantio e Refúgio tem realizado diversas reuniões com empresas que produzem e comercializam sementes resistentes a praga, para saber o tamanho do estoque disponível e assegurar a safra de 2013/2014. Eles também estão trabalhando na definição de datas para a elaboração de um calendário de plantio, regras de refúgio e sincronização de culturas.

Existem ainda, o grupo de Controle de Pupas, que vai monitorar a praga através de armadilhas; e o grupo de Inseticidas, que já solicitou as autoridades governamentais, em caráter emergencial, a liberação de moléculas que têm ação efetiva sobre a Helicoverpa spp. Estes alertam para a importância de se usar inseticidas de grupos diferentes evitando, desta forma, a perda de ação dos inseticidas e uma consequente formação de indivíduos resistentes.

No âmbito federal, a secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura reconheceu e declarou o estado de emergência fitossanitária no Oeste da Bahia, através da portaria no 42 de 5 de março de 2013. Tambem foi criado o Grupo de Gerenciamento Situacional de Emergência Fitossanitária para identificar, propor e articular a implementação de ações ágeis e eficazes contra a praga. “ Estamos atendendo com celeridade todos os pleitos da região. O processo de registro e extensão de uso de agroquímicos que, normalmente, duraria de 3 a 5 anos, foi de apenas trinta dias.”, disse o chefe da Divisão de Defesa Agropecuária do MAPA, Paulo Reis. Além das ações da ADAB, Fundação Bahia e do MAPA, os outros órgãos e associações que fazem parte do Grupo Operacional de Emergências Fitossanitárias – AIBA, AEAB, ABAPA, DDSV, Seagri, FAEB, EBDA, SDA, Fundeagro, Aciagri e Agrolem – também estão acompanhando e participando dos trabalhos, dando apoio e efetivando parcerias.

Imprensa AIBA

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