Deputados reforçam importância de realização do Seminário da Fiol, em Barreiras

Publicado em: 12 de abril de 2013

As Comissões especiais da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste Leste) e do Porto Sul, na Assembléia Legislativa da Bahia, realizaram uma reunião conjunta na manhã desta quarta-feira (10) para reforçar a realização do Seminário “Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa”, na cidade de Barreiras (Oeste do Estado), no próximo dia 26 de abril. O encontro reuniu deputados, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), Associação dos Engenheiros Ferroviários da Bahia e o gabinete do deputado federal João Leão (PP).

Na segunda-feira, os integrantes da comissão estiveram na Governadoria e reiteraram o convite para o seminário ao governador Jaques Wagner que confirmou presença. A deputada Ivana Bastos (PSD), presidente da Comissão Especial da Fiol, ressaltou a importância da realização do evento para a retomada das obras da ferrovia, paradas há quase três anos e conclamou os parlamentares da Casa a participar. Para a mesa de debates, foram convidados o presidente do Conselho Regional de Engenharia da Bahia (Crea-BA), Marco Amigo, e o presidente da Associação dos Engenheiros Ferroviários da Bahia e ex-superintendente da Valec, Neville Barbosa.

O presidente do Crea-BA, Marco Amigo falou sobre o compromisso social do órgão e da profissão dos engenheiros e técnicos envolvidos na obra. “O Conselho é uma instituição fiscalizadora do exercício profissional, mas há também o interesse social e humano com a obra, já que a Fiol representa uma mudança na economia do Estado, permitindo o desenvolvimento das cidades que compõem o traçado e mais o entorno, formado por quase 150 municípios baianos”.

Ele lembrou que 80% do PIB baiano está vinculado ao trabalho exercido por engenheiros e técnicos da área. Amigo conclamou os parlamentares a participarem do evento em Barreiras, que reunirá ministros de Estado e presidentes de diversos órgãos federais. O seminário acontecerá no Solar das Mangueiras e deverá contar com a maioria dos prefeitos das 49 cidades cortadas pela ferrovia.

Segundo Jairo Santos, um dos coordenadores do evento, juntamente com o chefe de Gabinete do Crea-BA, Herbert Oliveira, no dia anterior ao seminário (25), à tarde serão realizados painéis técnicos sob a responsabilidade do Conselho de Engenharia, com as participações da Valec (Engenharia Construções e Ferrovias S.A.), Ibama e TCU (Tribuna de Contas da União) para apontar quais são os gargalos que impedem a retomada das obras. Ele leu a mensagem do deputado federal João Leão, ressaltando a importância da ferrovia para o desenvolvimento econômico do Estado, concretizando o sonho de Vasco Neto, que na década de 50 propôs o primeiro traçado da ferrovia, com o sonho de interligar os oceanos atlântico e Pacífico.

O presidente da Associação dos Engenheiros Ferroviários da Bahia e Sergipe, Neville Barbosa, lembrou sua experiência ainda na antiga Leste do Brasil, salientando que a ferrovia vai desenvolver o entorno de 100 quilômetros de cada lado dos trilhos, sendo ainda importante para a integração com o Rio São Francisco. Essa possibilidade, segundo ele, estende o alcance da Fiol, com a criação do intermodal que vai trazer benefícios de Juazeiro e Carinhanha, chegando a Minas Gerais. “Com o Porto Sul, essa influência aumenta. É inevitável o benefício para todo o Estado”. Segundo o engenheiro, o benefício econômico vai superar o desenvolvimento proporcionado para a Região Metropolitana do Salvador a partir da criação do Pólo Petroquímico de Camaçari há mais de 30 anos.

O deputado Cacá Leão (PP), membro da comissão da Fiol lembrou que atualmente todos os grandes corredores de transporte do Brasil convergem para o Sudeste, para os portos de Santos e Paranaguá. “É a quebra de um paradigma. O Porto Sul e a Ferrovia terão produtividade e gerarão interesse ainda de outros estados, como Goiás, grande produtor de grãos e que terá uma nova alternativa para exportação dos produtos”.

A reunião contou ainda com as presenças do chefe de gabinete do Crea-BA, Herbert Oliveira, dos deputados Carlos Brasileiro (PT), Luís Augusto (PP), Maria Del Carmem (PT), Ângela Souza (PSD), João Bonfim (PDT), Bira Coroa (PT) e Kelly Magalhães (PCdoB). O seminário “Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa” tem confirmadas as participações dos ministros do Transporte, César Borges, das Cidades, Agnaldo Ribeiro, dos presidentes do Ibama, TCU , Valec e Codevasf, da presidente União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria (PSB), e associações de municípios do Oeste, Extremo Sul, Sudoeste, Sul, Vale do Rio de Contas. Participação ainda das prefeituras de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e Ilhéus e das entidades de classe, Aiba (Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia), Aelb (Associação dos Engenheiros e Técnicos Ferroviários da Bahia), Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão), Acelem (Associação Comercial e Empresarial de Luís Eduardo Magalhães) e Assocafé (Associação dos Produtores de Café da Bahia).

Ligação – A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) dinamizará o escoamento da produção da Bahia e servirá de ligação dessa região com outros pólos do país, por intermédio de conexão com a Ferrovia Norte-Sul. Incluída entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Fiol terá 1.527 km de extensão e envolverá investimentos estimados em R$7,43 bilhões até 2014.

A Ferrovia ligará as cidades de Ilhéus, Caetité e Barreiras no estado da Bahia a Figueirópolis, no estado do Tocantins, formando um corredor de transporte que otimizará a operação do Porto Sul, em Ilhéus, e abrirá nova alternativa de logística para portos no norte do país atendidos pela Ferrovia Norte-Sul e Estrada de Ferro Carajás.

Chico Araújo / ASCOM CREA-BA

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