Embrapa apresenta diagnóstico sobre utilização das terras brasileiras no 11º CBA

Publicado em: 30 de agosto de 2017

Potência mundial na produção de alimentos e fibras, Brasil ocupa apenas 9% de seu território com lavouras e florestas.

O Brasil é o país que mais protege o meio ambiente no mundo, com 66% de sua vegetação preservada. Essa afirmação é do Chefe-Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, Evaristo Miranda, palestrante da primeira plenária deste segundo dia do 11º Congresso Brasileiro do Algodão. Miranda trouxe um diagnóstico detalhado sobre a atribuição, a ocupação e os usos de terra no Brasil e, na oportunidade, entregou o trabalho “Análise Territorial do Cadastro Ambiental (CAR) da Bahia” para o vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Júlio Busato.

No tocante às atribuições de terra, o Governo Federal dedica cerca de 30% do território para unidades de conservação, regiões indígenas, reforma agrária, além de áreas reservadas para os militares, quilombolas e assentamentos.  “Isso significa que um terço do país potencialmente produtivo está legalmente reservado e protegido, enquanto  os grandes países preservam, em média, apenas 10% de seu território.”, avalia Miranda.

O desafio, segundo ele, é atender às determinações legais da atribuição de terras no Brasil, diante da atual ocupação dos espaços e seus diversos usos. Os 70% restantes do território, conforme o diagnóstico da Embrapa, estão distribuídos entre áreas urbanizadas, complexos energéticos mineradores, infraestrutura viária, superfícies hídricas e terras devolutas. Existem ainda os usos de terras agrícolas para pastagens, lavouras, florestas plantadas e vegetação preservada. “O fato é que todos os estados brasileiros preservam mais do que determina a legislação ambiental. Ou seja, o mundo não tem o que reclamar de nós por causa do desmatamento, e sim ter medo do potencial agrícola brasileiro, que ocupa 9% do território nacional com lavouras e florestas quando na verdade seria razoável utilizar até 20%”, finalizou o Chefe-Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite.

 

Imprensa Abrapa/ CBA

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