Embrapa firma parceria para controle de pragas no algodão na Bahia

Publicado em: 15 de dezembro de 2014

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A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Fundeagro,  Fundação Bahia e a Embrapa Cerrados firmaram uma parceria para a realização do trabalho de levantamento de pragas na região oeste. O trabalho consiste em coletas de insetos, que serão realizadas pelos técnicos do Programa Fitossanitário da Abapa, e encaminhado à Embrapa para pesquisa.

Para a presidente da Abapa, Isabel da Cunha, a parceria será importante para o melhor controle e monitoramento das pragas que atacam as lavouras na região. “As pragas e doenças, sem dúvida são uns dos maiores problemas que enfrentamos. Todos os anos os produtores têm prejuízos por conta desses fatores fitossanitários. Com muita batalha estamos vencendo a helicoverpa. Mas, temos o bicudo do algodoeiro, a mosca branca, e outras pragas que continuam sendo também pragas presentes nas lavouras”, afirmou Isabel.

A pesquisadora da Embrapa, Silvana Paula-Moraes, enfatizou a necessidade do trabalho como uma tentativa de levantar soluções para amenizar os problemas das pragas na região. “O oeste da Bahia tem alguns problemas fitossanitários relevantes, trabalhamos na tentativa de criar soluções tecnológicas para diminuir esses problemas e minimizar os prejuízos financeiros dos produtores”, disse a pesquisadora, que também falou da dificuldade que é controlar as pragas. “Meu professor sempre dizia que na batalha contra os insetos, você no máximo vai empatar, nunca ganhar. São seres extremamente evoluídos, estão na terra a mais tempo que a gente, mas de uma forma ou de outra, a gente pode conseguir mecanismo para lutar com eles. É isso que tentamos fazer”, destacou.

Treinamento – No dia 09 de dezembro, os técnicos do Programa Fitossanitário da Abapa, receberam o treinamento de Monitoramento e Armadilhamento de Pragas, ministrado pelos pesquisadores da Embrapa, Silvana Paula-Moraes e Alexandre Specht, em Luís Eduardo Magalhães.

O trabalho de coleta de insetos será realizado em cinco núcleos , definidos pela Embrapa: Roda Velha de baixo, Estrada do Café e Anel da Soja, Ceolin, Jaborandia e Coaceral. “É com esse tipo de trabalho, que realmente a gente consegue faz as coisas acontecerem. A equipe do Programa Fitossanitário são peças importantes nesse trabalho, porque estão no dia a dia, no campo. Com mais informações sobre o que está acontecendo, conseguiremos levar soluções para ajudar o produtor”, disse a pesquisadora Silvana.

Segundo a pesquisadora, foi a partir de um trabalho como esse que a helicoverpa armigera foi detectada na região oeste e registrada no Brasil. “Da mesma forma a gente continua trabalhando nesse formato, para acompanhar o que está acontecendo na paisagem agrícola da Bahia, que envolve o milho, algodão, soja e outras culturas”, afirmou.

Ascom Abapa

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