Especialistas debatem impacto da crise política e econômica no futuro do agronegócio

Publicado em: 31 de agosto de 2017

O futuro do agronegócio dentro do atual contexto político e econômico do país foi o tema discutido em uma das plenárias desta quarta-feira (30/08), durante o 11º Congresso Brasileiro do Algodão (11º CBA) que a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) promove até esta sexta (01.09) no Centro de Convenções de Maceió/AL. O debate moderado pelo jornalista da Rede Globo William Waack contou com a participação do presidente da Abrapa, Arlindo Moura, do economista-chefe do Rabobank Brasil, Maurício Oreng, e do analista político da Tendência Consultoria Integrada Rafael Cortez.

Na sua apresentação, o presidente da Abrapa ressaltou o agronegócio como locomotiva da economia brasileira.  “Foi a nossa atuação que garantiu o superávit da balança comercial brasileira no último ano e temos um grande potencial de crescimento”, assinalou. Moura destacou que, para continuar crescendo, o setor precisa focar no futuro, sempre incorporando novas tecnologias, como a internet, a favor do desenvolvimento do negócio. “Creio que, se necessário, os produtores devem fazer seus próprios investimentos na dotação de infraestrutura, a exemplo da implantação de redes de comunicação, como já fizemos com a construção de estradas”, afirmou.

Já Maurício Oreng tratou do tema Economia e finanças no Brasil em tempos de crise, ressaltando que não há como o país alcançar um ritmo de crescimento contínuo sem a diminuição da dívida pública. Ele acredita que isso só será possível com a Reforma da Previdência, em andamento no Congresso Nacional. “A reforma é essencial, pois, só com sua aprovação, poderemos garantir que a dívida não continue subindo”, afirmou o economista.

Rafael Cortez discutiu As bases políticas para o desenvolvimento sustentável.  Em sua opinião, as condições políticas para que a sustentabilidade ocupe lugar na agenda do desenvolvimento do país precisam ser recriadas. “As eleições de 2018 serão o novo marco para esta retomada, para a reorganização do país,  que deverá sair de um modelo ancorado no consumo para um  que tem como base o investimento privado”, opinou.

Para William Waack, mediador do debate, um evento setorial como o 11° CBA traduz as demandas, as necessidades e a situação de uma sociedade inteira. “O que ficou claro para mim neste evento foi a necessidade de nós todos, no Brasil, nos mobilizarmos politicamente em torno de ideias e propostas que possam fazer o país sair da crise e melhorar”, concluiu o jornalista.

Imprensa Abrapa/ CBA

Compartilhar:
;