Gestão, manejo e respeito às pesquisas auxiliam cultura do algodão

Publicado em: 31 de agosto de 2017

A viabilidade econômica do algodão e suas alternativas sustentáveis têm como pilares a gestão do negócio, o manejo e o conhecimento dos principais problemas. Com base nesses quesitos, os especialistas Fernando Lamas da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Moresco da Agopa, Alexandre Cunha da Embrapa Algodão e Evaldo Takizawa, da Ceres Consultoria apresentaram, durante o 11º Congresso Brasileiro do Algodão, conceitos para aliar mercado, sustentabilidade e produção com o respeito às pesquisas.

“Para obter viabilidade em longo prazo é necessário ter um bom manejo, respeitar as pesquisas e as áreas de refúgio. Assim, daremos vida longa às novas tecnologias que chegam para reduzir a aplicação de defensivos nas lavouras”, acredita o especialista da Agopa, Carlos Moresco. Para ele é fundamental mostrar aos produtores o quanto é importante respeitar as orientações e avaliações das pesquisas, tornando-as balizadoras no processo de tomada de decisões.

Nesse aspecto, de acordo com o especialista da Embrapa Algodão, Alexandre Cunha, o uso das plantas de cobertura aparece como uma alternativa para a melhoria do sistema de produção, diminuindo os problemas e auxiliando no manejo integrado de combate às pragas. “Essas plantas de cobertura podem ainda absorver nutrientes a maiores profundidades do solo, beneficiando o cultivo do algodão. Ao longo do tempo e com o equilíbrio do sistema, a tendência é a redução da aplicação de fertilizantes”, explica Cunha, ressaltando que hoje os fertilizantes representam cerca de 25% do custo do algodão no Brasil.

Dessa forma os especialistas entendem que os produtores devem conhecer e controlar os custos de produção, dando especial atenção à volatilidade dos preços de mercado para estabelecer, antecipadamente, as estratégias de comercialização. “Escolher as variedades mais adaptadas para cada região, preservar as tecnologias e dominar a fundo os problemas nas propriedades também facilita o desenvolvimento do negócio algodão e, por fim, compreender os potenciais destrutivos das pragas, respeitando as pesquisas são algumas das ações que farão a diferença para o produtor de algodão no Brasil”, diz Moresco.

Imprensa Abrapa/ CBA

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