ICA Liverpool – Reunião com as empresas

Publicado em: 30 de outubro de 2013

Confira, ponto a ponto, o que foi debatido com as empresas presentes à sala de negociação da Abrapa: 

A) LOUIS DREYFUS 

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Representantes presentes: Steve Dyer, Marcelo Escorel, Anthony Tancredi 

Resumo da reunião: 

Abrapa apresentou os números da safra relacionados à produção, exportação, HVI, custos de produção entre outros. 

Dreyfus destacou que há uma grande demanda pelo algodão BC, apesar da BCI, apesar de não haver prêmio para este tipo de produção por parte da BCI. 

Abrapa confirmou que há produtores que estão recebendo um diferencial pela produção de algodão BC e que, para a próxima safra, a ideia é que todo produtor que for ABR possa ser BCI, se assim o quiser. 

Abrapa mostrou as características intrínsecas do algodão brasileiro nesta safra. Em relação ao color grade, somando-se o que há de 31 e 21, chega-se a mais de 50% da pluma brasileira. Em relação à anterior, a safra atual está muito melhor em suas características intrínsecas. O comprimento e o micronaire melhoraram muito. 

Abrapa destacou o trabalho que vem sendo feito para a implantação do Laboratório Central de Referência, em Brasília. Com seu funcionamento, 1% de todas as amostras serão rechecadas a fim de garantir a qualidade do algodão. 

Dreyfus acredita no programa e que ele será muito bom, principalmente nos resultados, pois o tempo que se perde com o take up poderá ser dedicado a outras atividades. 

Abrapa solicitou que a Dreyfus se empenhe em encaminhar bons lotes da fibra brasileira à Coreia para que eles tenham uma boa impressão do mercado brasileiro, pois a Coreia é um consumidor muito importante para o Brasil. 

Dreyfus destacou que os coreanos são exigentes, fazem take up e nesta safra, não houve problemas, porque a qualidade da fibra brasileira atendeu às expectativas. 

Segundo a Dreyfus, o problema do algodão brasileiro em 2013 foi a pouca oferta. 

Dreyfus pontuou, antes de terminar, que o cadastro da BBM não traz um retrato real dos registros de venda. Segundo eles, há uma defasagem muito grande nestes registros. 

Abrapa questionou se a Dreyfus cadastra os contratos que fecha. Dreyfus evidenciou que aceita todos os registros que recebe, mas não lança porque entende que o produtor deveria lançar. 

Sobre as exportações, Dreyfus afirmou que a previsão é de 400 mil toneladas, mas que haveria espaço para 1 milhão. Destacou que o mundo terá demanda do algodão brasileiro. Afirmou que o mercado invertido nos últimos anos acabou refletindo nas compras. O Paquistão, por exemplo, não comprou nada neste exercício. 

Quando questionado sobre o mercado, Dreyfus destacou que o tempo de entrega dos EUA tem influenciado o preço. O que se verá de dezembro a março. A política chinesa ditará o futuro. A china poderá influenciar para 20 centavos a mais ou a menos. Não há comprador a longo prazo. O trabalho e bem próximo do futuro. É preciso trabalhar com a venda imediata e todas as tecelagens sabem que estão presas à movimentação da China. A China deve importar menos do que se imagina.

B) NOBLE COTTON

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Representantes presentes: Crawford Tatum, Marcio Kitabayashi, Hank Gray, Brian Xie, Burhan Gok, William Schreier, Franck Niedergang 

Resumo da Reunião: 

Abrapa apresentou os números da cadeia do algodão brasileiro. Ao entrar na temática de qualidade, destacou a construção do Laboratório Central e a intenção do produtor em dar transparência aos resultados do algodão que produz. Apresentou as características intrínsecas, destacando os números alcançados. 

Noble expôs que com a expansão do Brasil e as mudanças que vem ocorrendo no mercado de consumo, a indústria está pensando em mudanças nos contratos para reduzir riscos. O algodão brasileiro foi visto como uma grande ferramenta para a implementação deste contrato. O algodão brasileiro tem credibilidade e é muito bem aceito no mercado mundial. O contrato internacional seria adotado no Brasil, Austrália, EUA, oeste da África e Índia. Destacou que considerou este encontro importante para se trocar ideias sobre este contrato internacional que afetará a vida de todos. 

Abrapa questionou sobre qual seria o benefício para os produtores a partir do uso deste contrato internacional. 

Noble respondeu que o produtor poderia fazer heading do produto. Terão a possibilidade de armazenar algodão no Brasil sem ter a obrigação de comercializar de imediato para ser armazenado fora. 

Abrapa propôs que a Noble faça uma apresentação para a Associação a respeito do assunto para que a esta possa entender melhor e continuir. 

C) LÍBERO COMMODITIES 

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Representantes presentes: Adrian Moguel y Anza, Damase Buchi 

Resumo da reunião: 

Abrapa abriu o encontro apresentando os números do algodão brasileiro. Destacou o caso do produtor ABR, que pode vir a ser, automaticamente, BCI, e que isso crescerá a oferta de algodão BC na safra 2013/2014. 

Ao falar de qualidade, Abrapa destacou o trabalho que vem desenvolvendo na área de qualidade com a futura instalação do Laboratório Central de Referência. Ainda no tema, Abrapa apresentou os números da qualidade evidenciando que o desempenho em micronaire é muito melhor que na safra anterior. O desempenho em color grade é de mais de 50% em 31. 

Líbero expôs que a previsão é trabalhar com 100 mil toneladas para 2014 e que os últimos 3 anos foram muito difíceis. Destacou que está preocupada em se diferenciar, porque atua globalmente e só comercializa algodão brasileiro. Destacou que nasceu com o principio de comprar e vender com HVI e que está focada em fazer um projeto piloto para 2014 operando com algodão 21. A experiência já esta sendo feita com um produtor na Bahia. Pontuou que também se dedicará a atender produtores que tem 51.5. Evidenciou que o Brasil tem que ser orgulhoso dessas diferenças e que é preciso saber valorizá-la. Este programa que trabalhará com 51.5 e 41.5 está focado em oferecer liquidez para o produtor. Destacou que a ideia é oferecer transparência. E que a instalação do laboratório central será crucial para que este trabalho de transparência possa ser feito. 

Em relação ao BCI, a Líbero destacou que é um programa muito importante e ser um selo único é fundamental. A Líbero tem o intuito de conectar o comprador com o produtor e dar total transparência na busca de garantir ao produtor a possibilidade de ter ágio. Destacou também que a empresa está planejando a instalação de uma base na Malásia para ganhar tempo. Reforçou que a cooperação é muito importante. 

Líbero também afirmou que os laboratórios brasileiros devem ser certificados. Os resultados precisam ser confiáveis. A Abrapa deve buscar que estes laboratórios se empenhem em manter qualidade. 

D) OMNICOTTON

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Representantes presentes: Raymond Fauss, Miguel Fauss 

Resumo da reunião: 

Abrapa abriu apresentando os números do Brasil. Ao falar de sustentabilidade, destacou que a intenção é que, para a safra 2013/2014, BCI e ABR sejam um só protocolo. 

Omnicotton destacou que as fábricas demandam algodão BCI. Destacou também o lançamento do programa Cotton Lands, que envolve EUA e Austrália, um programa de sustentabilidade. 

Abrapa conversou com NCC e que os EUA não quis estabelecer relação de cooperação em função das diferenças em relação a subsídios. Abrapa afirmou que na próxima safra, é provável que o Brasil tenha aproximadamente 700 mil toneladas BCI e a Abrapa conta com o trabalho dos traders para conseguir um preço melhor por este algodão. 

Omnicotton relatou ter tido um retorno melhor sobre qualidade do algodão brasileiro nesta safra. 

E) OTTOSTADLANDER 

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Representantes presentes: Joao Paulo de Azevedo Lefevre, Heiner Sims, Brigitte Gaedeke, Malvina Rydin 

Resumo da reunião: 

Abrapa abriu apresentando os números do algodão brasileiro. Destacou-se o sucesso alcançado com o ABR e o fato do Brasil ser o maior fornecedor de algodão BC do mundo. 

Otto disse que ainda não esta comercializando o algodão BC, mas já recebeu consultas de clientes da Coreia do Sul e Bangladesh. 

Na sequencia, Abrapa falou sobre a instalação do Laboratório de Referência. Destacou que o propósito é a transparência e que a intenção é garantir a qualidade do algodão brasileiro. Na sequência, foram apresentados os dados sobre o desempenho das características intrínsecas do algodão brasileiro analisado até setembro de 2013. 

Otto questionou se todos os laboratórios participariam. Abrapa respondeu que sim. 

Otto destacou que tem uma impressão diferente dos números apresentados, pois a variação do comprimento da fibra foi muito grande. Destacou que ainda não sabem qual será a reação dos clientes. A Otto destacou que a diferença de uniformidade resulta em problemas na entrega. Comprimento e resistência são fundamentais. 

A Otto pontuou que a cooperação com os produtores brasileiros é muito boa. As diferenças foram resolvidas de forma amigável. Há dificuldades com despacho, mas eles sabem que são as circunstâncias do processo. Destacou que, neste ano, ficaram muito satisfeitos com os resultados da safra e que a atuação do produtor brasileiro foi muito profissional. 

F) CGG TRADING 

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Representante presente: Giuliana Ghergueta 

Resumo da reunião: 

CGG destacou que a reclamação na Coreia é generalizada e que eles devem trabalhar com apenas 30% de algodão brasileiro. Destacou que, para a Coreia, a venda é feita no HVI. Pontuou que as reclamações estão centradas em micronaire abaixo de 3.5 e com variação muito grande de uniformidade. Ela pontuou que o segundo teste de HVI que a fiação tem feito tem apresentado diferença de classificação. 

Abrapa destacou que para minimizar este tipo de problema, está trabalhando na instalação do Laboratório Central de Referência para que possa ser dado transparência aos resultados gerados no Brasil. Destacou que o LCR trabalhará nos moldes do que é feito nos EUA. 

CGG indagou se ainda haverá classificação visual, pois há questões de tipo que só o visual tem ajudado e disse que a CGG identificou contaminação no Mato Grosso e Bahia; e caramelização na Bahia. 

Abrapa pontuou que nesta safra, o Brasil melhorou na qualidade e deve ser positiva a influência deste aspecto no mercado. 

Abrapa indagou se a CGG recebe demanda por algodão BCI. A resposta foi que ainda não firmou contratos com este tipo de algodão, pois ainda não conhecem os projetos e a sua estruturação – a questão da confiabilidade. 

Abrapa se dispôs a enviar alguém da instituição à CGG para explicar como funciona o ABR e como funcionará a junção ABR e BCI. 

G) CARGILL COTTON 

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Representantes presentes: Paul Kinney, Richard Bergmann, Cesar Infante, Edson Abrão, Marcio Guimarães 

Resumo da reunião: 

Abrapa abriu apresentando os números do algodão brasileiro. Frisou que a possibilidade de junção entre BCI e ABR é grande para a safra 2013/2014 o que propiciará o crescimento da quantidade de algodão BC a ser fornecido. Na sequência, falou-se da implantação do LCR e da transparência a ser dada para os resultados de HVI do algodão brasileiro. Por último, apresentou-se os resultados das analises de HVI realizadas ate 30 de setembro de 2013. 

Cargill indagou o que teria influenciado a melhoria da qualidade nesta Safra. Abrapa destacou que houve melhoria na escolha das variedades utilizadas. As variedades plantadas, nesta safra, são estáveis. Além disso, nos dois últimos anos, a dificuldade esteve nas variações climáticas. Lembrou-se, ainda, que o Brasil está vivendo uma fase de consolidação do novo portfólio de variedades com foco na qualidade. 

Cargill pontuou que a iniciativa do LCR é bem vinda, pois trará ainda mais confiabilidade ao mercado. Representantes da Cargill indagaram se o melhor desempenho do algodão brasileiro em qualidade tem alguma relação com uma atuação mais pontual das algodoeiras. Abrapa pontuou que tem orientado para que as algodoeiras não misturem algodão no beneficiamento para garantir um padrão melhor e montar os lotes de forma adequada. 

Quando indagada sobre preços, Cargill destacou que a redução nos preços, nos últimos dias é mais técnica do que conjuntural. Pontuou que deve haver uma redução de produção na China, porque a estimativa está alta demais. Pontuou que algumas origens estão com percepções distorcidas em relação aos preços. Isso indica para um mercado mais baixo e talvez uma base mais forte. A safra americana está atrasada, a Índia ainda tem a oferecer e é preciso ver o que sobra do Brasil, o que não deve ser muito. Sobre a política de reservas da China, a Cargill pontuou que a política de reservas deve acabar. A produção no oeste da China deve aumentar e no leste deve reduzir. É muito difícil saber o que vai acontecer. 

A Cargill tem trabalhado com volumes BCI por entender que é um programa importante. 

Quis saber da Abrapa qual a impressão que os produtores brasileiros têm da Cargill. Abrapa expôs que a Cargill pode ajudar a colocar o algodão brasileiro em mercados importantes como a Coreia e divulgar a junção ABR e BCI, pois o volume a ser oferecido pelo Brasil será muito maior na próxima safra. 

Cargill destacou que muitos clientes aceitam pagar o prêmio adicional, mas ainda é difícil. Em relação a pontos, a Cargill ainda não conseguiu vender com este diferencial. Há clientes que não compravam algodão brasileiro e passaram a usar porque é algodão BCI. A médio e longo prazo, o algodão brasileiro BCI conseguira perceber um prêmio, poderá haver retorno, segundo a Cargill. 

H) PLEXUS 

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Representantes presentes: Paul Doran, Terry Bromley, Ana Paula Sampaio, Jonas Nobre Jr. 

Resumo da reunião: 

Abrapa iniciou apresentando os números do Brasil e explicar o projeto de implantação do Laboratório Central de Referência. Apresentou também os números das características intrínsecas identificados na safra atual nas análises feitas até setembro de 2013. Abrapa afirmou que a qualidade desta safra é melhor e que a pretensão é que haja melhoria cada vez mais. 

A Plexus questionou os produtores brasileiros a respeito do prêmio que segundo eles, se paga pelo algodão BC. Abrapa pontuou que o prêmio é oferecido pelas traders e não é cobrado pelos produtores brasileiros. Abrapa ainda lembrou que, apesar de ter sido uma boa safra, é preciso prestar atenção na Austrália e China. 

Plexus questionou se o ataque da helicoverpa ainda teria reflexos na próxima safra. Abrapa respondeu que sim, mas que as estaduais e o produtor estarão melhor preparados, porque o Brasil está repensando o seu sistema. 

Plexus comentou que o ideal seria ter o algodão brasileiro a um preço mais competitivo. Abrapa ressaltou que é preciso reduzir os custos de produção para que isto aconteça. Pontuou também que a indústria têxtil nacional consome um grande volume e isso ajuda a equilibrar o mercado interno e externo. A Plexus desejou boa sorte aos produtores brasileiros e finalizou pontuando que tem muita confiança no Brasil e pretende manter a parceria de sucesso com o algodão brasileiro. 

I) REINHART 

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Representantes presentes: P. Jurg Reinhart, Stefan Brandli, 

Resumo da reunião: 

Abrapa iniciou com um agradecimento à Reinhart pela recepção na Tailândia, em julho. Em seguida passou a apresentar os números do Brasil, com ênfase na junção do ABR com a BCI e o quanto esta iniciativa pode ser importante para que o Brasil esteja na vanguarda da produção de algodão sustentável. Apresentou o projeto de instalação do LCR e enfatizou a preocupação do produtor brasileiro com a qualidade. 

Reinhart pontuou que achou a iniciativa de junção do ABR com BCI muito importante, porque coloca o Brasil na vanguarda como grande fornecedor. A Reinhart está bastante inserida no processo e que se as grandes marcas fizerem o que estão dizendo, quem não tiver algodão BC ficará excluído do processo. 

Na sequência, Abrapa apresentou os números que demonstram o desempenho da qualidade do algodão brasileiro nesta safra. 

Reinhart destacou que por 3 anos houve uma queda na uniformidade. O algodão precisa estar com o comprimento 36. O prêmio para o algodão australiano vem da consistência e da credibilidade. Ha uma constância. Abrapa destacou que o algodão brasileiro também pode chegar a separar lotes de algodão melhor e conseguir prêmio por esta qualidade. 

Reinhart pontuou que o Brasil faz um preço que faz sentido para julho, mas tendo que carregar para dezembro, dificulta para o trader. Abrapa destacou que o estado do Mato Grosso, por exemplo, não tem condições de plantar mais cedo, em função de chuva. O produtor entrega mais tarde, mas entrega melhor qualidade. 

J) DEVCOT 

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Representantes presentes: Jonas Nobre Jr., Jean Marc Mocq 

Resumo da reunião: 

Abrapa iniciou apresentando os números do algodão brasileiro, dando enfoque à atuação da Associação na área de sustentabilidade. Evidenciou que com a junção dos programas, o Brasil se consolidará como o maior produtor de algodão BC. Devcot quis saber a repercussão da BCI no Brasil. Abrapa destacou que a indústria têxtil brasileira está voltada para atender o mercado interno e ainda não valoriza o programa. Devcot destacou que possui clientes que só compram algodão brasileiro se ele for BCI. Por isso, tem interesse em saber o volume que pode ser atingido, pois isto faz diferença para o mercado. 

Devcot pontuou que muitos clientes estão extremamente satisfeitos com a qualidade do algodão brasileiro. Porém, pontuou que a BCI passará a ser uma exigência, nos próximos anos, pois as marcas têm planos para esta atuação socioambiental. Abrapa destacou que o produtor brasileiro não procurou a BCI, mas já fazia um trabalho que é até mesmo mais exigente que o da BCI. 

Dando continuidade, a Abrapa pontuou as informações a respeito de qualidade. Frisou a instalação do LCR e a checagem que será feita. 

A Devcot negociou 68 mil toneladas de algodão brasileiro e questionou a respeito do algodão safrinha no MT. Seria uma tendência ou uma realidade? A Abrapa pontuou que é uma realidade e com as novas variedades é possível produzir com qualidade. Destacou que ela deve chegar mais tarde ao mercado. 

K) OLAM 

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Representantes presentes: Azeez A Syed, Vibhu Nath, Ashok Hedge 

Resumo da reunião: 

Abrapa iniciou apresentando os números do algodão brasileiro e destacando o trabalho na área de sustentabilidade e a atuação em prol do projeto de instalação do LCR. Em seguida, apresentou o desempenho do algodão brasileiro em relação à qualidade, destacando que foi feito um trabalho com os produtores em relação ao uso de variedades adequadas, cuidado no beneficiamento, separação de talhões. 

Olam destacou que não há reclamação em relação à qualidade e é louvável a atuação da Abrapa em relação a buscar atender o que o mercado precisa. Pontuou que a maior dificuldade está na área de logística e que buscar melhores resultados na área de logística seria muito bom. 

Sobre a BCI, a Olam destacou que a demanda é grande, mas tem sido solicitado prêmio. Eles têm a perspectiva de que tudo seja certificado pela BCI. Porém, os compradores ainda têm pouca disposição para pagar prêmio. A Olam entende que há um custo, mas os clientes não estão dispostos a pagar. Destacou que o Brasil está na direção correta. 

A Olam comercializou 85 mil toneladas de algodão brasileiro em 2013. Para a Olam, o Brasil é uma carteira importante. A Olam questionou sobre a performance de contratos no Brasil e a Abrapa esclareceu a atuação do conselho de ética e o esforço para manter a sanidade dos contratos. Olam destacou que honrar os contratos e tão importante quanto oferecer qualidade. Sem a certeza de desempenho do produtor e com uma logística demorada e cara, a margem de lucro fica muito reduzida. O departamento de risco precisa da certeza de que o produtor é confiável, vai cumprir o contrato e garantir a entrega. Destacou que sabem a importância dos contratos futuros com os preços fixados. A Abrapa destacou que os problemas de inadimplência que envolvem o Brasil são pequenos em relação a outros players do mercado. Destacou que há grandes produtores no Brasil e muito comprometidos com a atuação no mercado e a sua responsabilidade. A Abrapa entende que cumprir contrato implica em ter credibilidade no mercado. 

Sobre mercado, a Olam pontuou que muitas coisas mudaram nos últimos 2 dias. Os próximos 3 dias demonstrarão o quanto de liquidação especulativa vai ser performado. No médio prazo, é a China quem determinará o que vai acontecer. Se eles liberarem os estoques, os preços cairão. Fora isto, a política chinesa em relação à nova safra: se comprarão, se terão subsidio, determinará os preços nos próximos 3 meses. Não há certeza e nem muita informação a respeito disponível. É bem difícil imaginar que os preços entrarão numa posição de alta. Ninguém sabe a que preço negociarão. Se houver leilões nos próximos meses, sem cotas de importação, os preços começarão a cair. Qualquer coisa acima de 82, 83, 84 deve ser vista com otimismo. A Olam indagou quanto das 600 mil toneladas já negociadas para 2014 seriam direcionadas ao mercado interno. Abrapa respondeu que 100% é mercado externo. 

L) ADM: 

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Representantes presentes: Luciano Botelho, Paulo Marques F. Neto 

A ADM vendeu 80 mil toneladas na safra 11/12 e pretende fechar o mesmo número na safra 12/13. A ADM destacou que o fato de já estar estabelecida com outras commodities acabou abrindo as portas. A empresa está satisfeita com os resultados alcançados. Na sequência, a Abrapa passou a apresentar os números do algodão brasileiro, a junção ABR e BCI, o projeto de implantação do LCR e as características intrínsecas desta safra. 

A ADM destacou que a qualidade do algodão, nesta safra, é muito boa e que o volume deles está voltado para o mercado interno. 

A Abrapa destacou que o produtor está atentando para o fato de que pode separar o algodão e ser melhor remunerado por isso. A ADM indagou o que seria safra normal e o que seria safrinha na safra que se encerrou. A Abrapa informou que 30% é primeira safra e 70% segunda safra. Em Goiás, a safrinha ficou em 15%. 

M) ECOM: 

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Representantes presentes: Marco Antônio Aluísio, Antonio Vidal Esteve, Richard Pollard 

Resumo da reunião: 

Os representantes da Ecom abriram a reunião informando que perceberam melhora significativa na qualidade da fibra. 

A Abrapa destacou que a retirada de 2 variedades instáveis no mercado associadas ao trabalho que a Abrapa vem desenvolvendo trouxeram um melhor desempenho nesta safra. Dando continuidade, falou sobre o projeto do LCR e a sua função de garantir a qualidade do algodão brasileiro. Pontuou que a ideia é que os resultados já estejam disponíveis a partir de 2014. A intenção é rechecar as características intrínsecas, aferir os equipamentos, contaminação, color grade, ou seja desenvolver um trabalho muito semelhante ao desenvolvido pelo USDA. Dando continuidade, Abrapa destacou a junção ABR e BCI informando que os cotonicultores acreditam que este pode ser mais um diferencial para o algodão brasileiro. 

Ecom indagou sobre a liberação dos produtos para combate à Helicoverpa. Abrapa destacou que nesta semana o governo publicou uma lei de emergência sanitária vegetal, alguns produtos foram liberados e, por isso, o próximo ano deve ser mais tranquilo, pois o produtor estará melhor preparado. 

N) MULTIGRAIN 

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Representante presente: Joao Paulo Lima 

Resumo da reunião: 

Multigrain começou comentando os números movimentados pela empresa (2011 – 80 mil; 2012 – 60 mil; 2013 – 5 mil) e explicou a relação com os investidores japoneses. Destacou que foi difícil explicar aos japoneses o que aconteceu, mas que agora, eles estão prontos para retomar o mercado. Pretendem fazer 50 mil toneladas em 2014. Expos que nas fazendas do grupo também houve declínio de qualidade no algodão. A Multigrain não pensa em concorrer com algodão brasileiro em lugares onde a origem já é muito forte. Lembrou que o Japão consome bastante, mas a Mitsui não atua no mercado japonês. Em relação ao BCI, a Multigrain ainda não comercializou. 

Abrapa colocou que espera das traders que atuam no Brasil uma forte atuação no sentido de conseguir um diferencial financeiro em relação a este algodão. Na sequência, Abrapa explicou a implantação do LCR, com o objetivo de dar ainda mais transparência ao processo de divulgação das análises de HVI e qualificação dos laboratórios que passarão pela avaliação do processo de rechecagem. A Associação chamou a atenção para o fato de que a divulgação do HVI será a segurança para o trader, para o produtor e para o comprador. Deixou claro que a intenção com esta iniciativa é agregar cada vez mais valor ao algodão brasileiro. 

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