Manejo integrado minimiza impactos dos nematoides sobre cultura do algodão

Publicado em: 30 de agosto de 2017

Para três problemas, três soluções. Apesar de preocupar os cotonicultores brasileiros, o perigo dos nematoides – das galhas, das lesões e o reniforme – pode ser controlado com o manejo adequado, aplicando três técnicas principais integradas: uso de nematicidas, de cultivares resistentes ou tolerantes e a rotação de culturas. Essas ferramentas juntas, associadas ao manejo correto de máquinas e equipamentos, podem minimizar os impactos da infestação de nematoides que, em alguns casos, inviabiliza toda a produção.

Em função desse cenário, durante o minicurso “Manejo de nematoides: controles químicos, biológicos e culturais”, que acontece no 11º Congresso Brasileiro do Algodão de 29 de Agosto a 01 de Setembro de 217 em Maceió, os especialistas Mário Inomoto, da Universidade de São Paulo, Rafael Galbieri, do IMAmt e Fabiano Perina, da Embrapa Algodão, apresentaram um diagnóstico da situação dos nematoides nos cerrados, trazendo dados sobre o manejo destes na Bahia e no Mato Grosso, para diminuir ou controlar o problema nessas regiões.

“O ideal é não deixar o nematoide entrar na fazenda, mas, uma vez instalado, o primeiro passo é encarar o problema como prioridade, acompanhar e controlar a infestação. A partir daí, é preciso não se basear em uma única prática, mas sim, em um conjunto de soluções integradas que, no decorrer do tempo, serão capazes de propiciar a produção satisfatória do algodoeiro”, explica Rafael Galbieri, informando que, nos últimos 10 anos, a infestação de nematoides aumentou cinco vezes no Mato Grosso e em Goiás.

Segundo Galbieri, é importante o acompanhamento do histórico da área, principalmente, no que diz respeito ao tipo de nematoide para direcionar as pesquisas e tomar as decisões com base na realidade local. “Mas quando o problema já está instalado é fundamental monitorar, quantificar e qualificar o nematoide para integrar os métodos de manejo na propriedade, evitando perdas”, enfatiza o especialista, lembrando que isso vale para produtores com mais de uma propriedade e que utilizam os mesmos implementos agrícolas, favorecendo a disseminação. “Para minimizar ou evitar essa situação, é fundamental que pelo menos os tratos culturais mecanizados sejam orientados, de forma que as áreas infestadas sejam feitas por último. Também é importante a limpeza de todo o maquinário após os tratos. Esses procedimentos simples vão favorecer a não disseminação de outras doenças, plantas daninhas e insetos”, finaliza Galbieri.

Imprensa Abrapa/ CBA

 

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