Setor do algodão trabalha para implantar lei de área de refúgio

Publicado em: 2 de junho de 2014

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso, afirmou, nos bastidores do Perspectivas para o Agribusiness 2014 e 2015, em São Paulo, que o setor busca implementar uma lei que determine áreas de refúgio para a cultura do algodão em plantações com sementes modificadas geneticamente. Em algumas áreas da Bahia e de Mato Grosso, maiores produtores de algodão do Brasil, os custos de produção estão mais altos devido ao aumento do número de aplicações de inseticidas nas lavouras transgênicas, que estão vulneráveis às pragas.

– Estamos trabalhando incessantemente para que os produtores tenham, a partir da próxima safra, leis e definições sobre o que fazer coma área de refúgio, qual o tamanho da área, como ela deve ser posicionada. Acredito que logo a gente vai ter essa definição para passar para os produtores, assim, com certeza, poderemos prorrogar por um bom tempo a eficácia das biotecnologias que temos no Brasil – destacou.

O refúgio é um espaço de plantio (cerca de 20%) com sementes convencionais que fica ao lado da área semeada com grãos transgênicos, no intuito de diminuir as possibilidades do surgimento de pragas resistentes às sementes modificadas.

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Segundo ele, o cenário do algodão é de equilíbrio e os produtores devem manter a mesma área plantada do ano passado, em torno de 1,1 milhão de hectares, com produção estimada em 1,6 milhão de toneladas. No cenário internacional, a perspectiva é de que os preços continuem na casa de US$ 0,80, US$ 0,85 por libra-peso.

Em relação às pragas, a recomendação do presidente é de que os produtores fiquem mais atentos ao bicudo, já que a helicoverpa, que causou prejuízos bilionários na safra passada, está controlada este ano.

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