Oscilações do mercado preocupam e é preciso atenção, diz presidente da Abapa

Publicado em: 2 de julho de 2011

A presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Isabel da Cunha, acredita que o clima de desconfiança que tem rondado as relações entre os cotonicultores e a indústria têxtil brasileira não vá comprometer a totalidade dos contratos já firmados e com vencimento para o início da colheita. “Essas oscilações no mercado do algodão preocupam, e devemos ficar atentos quanto aos contratos que já foram firmados entre as partes.”, disse a presidente, ressaltando que a Abapa está pronta para auxiliar o produtor associado.

Na quarta-feira, 29, A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, representada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (ANEA) e Bolsa Brasileira de Mercadorias/Junta de Corretores (BBM) emitiu um comunicado em que reforça a importância de todos os elos da cadeia produtiva manterem o negócio acertado na assinatura do contrato.

“Temos consciência que este é um momento delicado, que deve ser encarado com preocupação, mas sem precipitação”, aponta Isabel. “Representamos hoje o segundo estado com maior produção de algodão do país, referência internacional de qualidade de fibra de algodão, sabemos de nossas responsabilidades e principalmente do nosso potencial neste mercado”, reforça.

Para a safra deste ano os cotonicultores baianos negociaram de maneira antecipada, o equivalente a 63% da produção de algodão. “De um total de aproximadamente 630 mil toneladas, já foram negociadas 400 mil, com um preço inferior à R$ 40 a arroba” esclarece Isabel. A contar pelos primeiros 10 dias de colheita, a presidente acredita que a tendência é que o preço do algodão se mantenha próxima ou inferior à casa dos R$ 2,00.

Segundo dados da Câmara Setorial da Cadeira Produtiva do Algodão, na safra passada cerca de 70% da produção brasileira de algodão já havia sido vendida no mercado futuro antes mesmo de a colheita ter início. Atualmente, a expectativa para a safra 2010/2011 é de uma produção de 1,9 milhão de toneladas de algodão, das quais pouco menos de metade (cerca de 500 mil ou 600 mil toneladas) ainda estão sob o poder dos produtores. Todo o restante já foi vendido antecipadamente.

Crédito da Foto: Arquivo Abapa, cedida por Revista Globo Rural

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