Seminário em Barreiras nesta sexta-feira (26) vai discutir retomada das obras da Fiol

Publicado em: 24 de abril de 2013

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A construção da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) está paralisada. Problemas técnicos e de ordem ambiental travaram o projeto que representa um novo marco de desenvolvimento para a Bahia e para o País. Partindo do Tocantins, com mais de 1.500 km de extensão e cortando 49 municípios do Estado até o Porto Sul, em Ilhéus, a ferrovia é essencial para o escoamento das produções de grãos e minérios. A retomada das obras será discutida nesta sexta-feira (26), em Barreiras (Oeste do Estado), no Seminário “Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa”.

O seminário será realizado no espaço Bartira Fest e contará com as presenças, já confirmadas, do governador Jaques Wagner, dos ministros César Borges (Transportes), José Leônidas de Menezes Cristino (Portos), Agnaldo Veloso Ribeiro (Cidades), Augusto Nardes (presidente do TCU), Aroldo Cedraz (vice-presidente do TCU), Josias Sampaio (presidente da Valec), Volney Zanardi Jr. (presidente do Ibama), Bernardo Figueiredo (presidente da Empresa de Planejamento e Logística), Elmo Vaz Bastos de Matos (Presidente da Codevasf), Márcio Zimmermann (secretário Executivo do Ministério das Minas e Energia) e gal. Jorge Ernesto Pinto Fraxe (diretor-geral do DNIT).

O evento é coordenado pelo gabinete do deputado federal João Leão (PP) e tem como organizadores o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), Associação dos Engenheiros Ferroviários da Bahia, União dos Municípios da Bahia e gabinete do senador Walter Pinheiro (PT). No dia anterior ao seminário, quinta-feira (25), serão realizados painéis técnicos sob mediação do Crea-BA, com as presenças da diretoria da Valec e diversos órgãos e entidades profissionais da região.

O seminário visa sensibilizar os órgãos responsáveis para a retomada das obras. A ferrovia é vista como equipamento essencial para o desenvolvimento do Estado. A Fiol influencia diretamente o dia-a-dia de mais de 140 cidades do Estado e será o principal corredor de escoamento para a produção de grãos e minérios na Bahia.

Segundo João Leão, ao final do seminário será redigida a “Carta da Bahia” que será entregue à Presidência e Ministérios com sugestões para a retomada imediata das obras. A presidenta da União dos Municípios da Bahia, prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria (PSB), diz que a entidade e também as associações regionais estão empenhadas no movimento, já que todo o Estado será beneficiado com a construção da Fiol. O presidente do Crea-BA, Marco Amigo explica a importância das obras para o Estado, dinamizando a economia e também do ponto de vista profissional, já que centenas de técnicos e engenheiros estão envolvidos com a construção da ferrovia e também do Porto Sul. Para Amigo, a Fiol representa a descentralização da economia baiana, possibilitando um novo marco de desenvolvimento para a Bahia.

O presidente da Associação dos Engenheiros Ferroviários da Bahia e Sergipe, Neville Barbosa, salienta que a ferrovia vai desenvolver o entorno de 100 quilômetros de cada lado dos trilhos, sendo ainda importante para a integração com o Rio São Francisco. Essa possibilidade, segundo ele, estende o alcance da Fiol, com a criação do intermodal que vai trazer benefícios de Juazeiro e Carinhanha, chegando a Minas Gerais. “Com o Porto Sul, essa influência aumenta. É inevitável o benefício para todo o Estado”. Segundo o engenheiro, o benefício econômico vai superar o desenvolvimento proporcionado para a Região Metropolitana do Salvador a partir da criação do Pólo Petroquímico de Camaçari há mais de 30 anos. Presenças confirmadas também do vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar; José Sérgio Gabrielli – Secretário de Planejamento; Ruy Costa – Secretário da Casa Civil; Carlos Costa – Secretário da Indústria Naval e Portuária; Eduardo Sales – Secretário da Agricultura; James Correia – Secretário da Indústria, Comércio e Mineração; Wilson Brito – Secretário do Desenvolvimento Regional; UPB – União dos Municípios da Bahia; UMOB – União dos Municípios do Oeste da Bahia; AMURC – Associação dos Municípios da Região Cacaueira; AMIRS – Associação dos Municípios da Região Sudoeste; AMAVALE – Associação dos Municípios da Serra Geral e do Vale do São Francisco; AMORVALE – Associação dos Municípios do Médio São Francisco; CIMURC – Consórcio Intermunicipal dos Municípios do Vale do Rio das Contas e dos prefeitos de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Angical e São Desidério.

Participarão também a Comissão da Fiol na Assembléia Legislativa da Bahia, presidida pela deputada Ivana Bastos, Comissão do Porto Sul, deputado Augusto Castro (PSDB-presidente); Comissão de Infraestrutura, deputado Herbert Barbosa (DEM-presidente), entre outras personalidades.

LIGAÇÃO – A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) dinamizará o escoamento da produção da Bahia e servirá de ligação dessa região com outros pólos do país, por intermédio de conexão com a Ferrovia Norte-Sul. Incluída entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Ferrovia de Integração Oeste-Leste terá 1.527 km de extensão e envolverá investimentos estimados em R$ 7,43 bilhões até 2014.

A Fiol ligará as cidades de Ilhéus, Caetité e Barreiras no estado da Bahia a Figueirópolis, no estado do Tocantins, formando um corredor de transporte que otimizará a operação do Porto Sul, em Ilhéus, e ainda abrirá nova alternativa de logística para portos no norte do país atendidos pela Ferrovia Norte-Sul e Estrada de Ferro Carajás.

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