Abapa apoia a revitalização da hidrovia do São Francisco

Publicado em: 20 de maio de 2014
Representantes da Abapa participam de mobilização para revitalização da Hidrovia do São Francisco

Representantes da Abapa participam de mobilização para revitalização da Hidrovia do São Francisco

A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), juntamente com os principais agentes envolvidos na retomada da navegação no rio do São Francisco, participaram da mobilização para revitalização da hidrovia, realizada no dia 09 de maio, no município de Muquém do São Francisco, oeste da Bahia. Como marco histórico da mobilização, um carregamento de 2.400 toneladas de caroço de algodão saiu do município com destino a Petrolina (PE).

Participaram da mobilização, a presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Isabel da Cunha; o vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen; o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato; o secretário estadual da Indústria Naval e Portuária, Carlos Costa; o presidente da Icofort, Décio Barreto Júnior, o diretor de Logística da Icofort, Marcelo Teixeira, e os prefeitos de Muquém do São Francisco, Márcio Mariano, e de Ibotirama, Terence Lessa.

Na última safra, a região produziu cerca de 470 mil toneladas de caroço de algodão. Para esta safra, temos uma estimativa de 670 mil toneladas. “Atualmente, 80% de toda essa produção é transportada para outras cidades da região nordeste pela rodovia. Existem estudos que afirmam que com a hidrovia em pleno funcionamento, será possível transportar 100% dessa produção via fluvial, assim sendo, teremos uma economia de até 20% que chegará tanto para o produtor, quanto para o consumidor final”, disse a presidente da Abrapa, Isabel da Cunha.

Com a hidrovia em pleno funcionamento será possível uma redução no valor do frete

Com a hidrovia em pleno funcionamento será possível uma redução no valor do frete

O diretor da Abapa e vice-presidente da Abrapa, João Carlos Jacobsen, ressaltou os benefícios que a revitalização trará. “Com a hidrovia em pleno funcionamento, além do ganho ambiental, com a redução significativa no número de carretas nas estradas, teremos ganhos econômicos e sociais, a economia direta que os produtores terá com a logística, chegará até os consumidores finais, trazendo economia na hora da compra”, disse Jacobsen.

A inclusão da hidrovia no sistema de logística do oeste da Bahia, por exemplo, dará mais competitividade à produção de grãos e fibras da região com a redução do frete em cerca de 20%. “ A América do Norte gasta, em média, US$ 25,00 para escoar uma tonelada de grãos, enquanto que no oeste da Bahia, gasta-se, aproximadamente, US$ 90,00 para transportar a mesma quantidade por rodovia”, explicou Júlio César Busato, presidente da Aiba. ”A revitalização da hidrovia do São Francisco vai ainda, fomentar os mercados da avicultura, suinocultura e bovinocultura do Nordeste, uma vez que a população receberá carne, leite e ovos a um preço mais baixo”, completou Júlio.

O presidente da Icofort, empresa que realiza sozinha o transporte de cargas pelo São Francisco desde 2007, ressaltou sobre as dificuldades em relação a falta de infraestrutura logística da hidrovia. “O trecho que liga Muquém e Petrolina, com 610 km, poderia ser feito em cinco dias, mas leva cerca de 18, devido a falta de infraestrutura. Temos tido dificuldade em cumprir os prazos com nossos clientes devido ao assoreamento e a existência de bancos de areia, que têm provocado diversos naufrágios das embarcações”, relatou Décio Barreto Júnior.

O secretário estadual da Indústria Naval e Portuária destacou a importância da retomada da hidrovia para o desenvolvimento do agronegócio baiano e dos municípios ribeirinhos. Com esta compreensão, o secretário relatou as ações que o Estado tem realizado para alavancar a hidrovia do São Francisco como a dragagem de 21 pontos do canal de navegação do rio, que já possui a licença ambiental e aguarda o resultado da licitação que definirá a empresa que executará o serviço. Ele informou ainda que o porto de Juazeiro está pronto, aguardando também a licitação para escolha da empresa que administrará o terminal. “Juntos, empresários e Estado, poderemos reunir esforços e otimizar a cadeia produtiva baiana”, concluiu Carlos Costa.

Ascom Abapa

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