Agronegócio discute políticas de preço mínimo

Publicado em: 28 de junho de 2016

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Nesta segunda-feira (20), a Abrapa e representantes das associações: Aprosoja, Abramilho, Instituto Riograndense dos produtores de Arroz, Federação dos Produtores de arroz, Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e o Deputado Federal Luis Carlos Heinze, se reuniram com Secretário de Politica Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Neri Geller. A pauta da reunião foi a necessidade de se atualizarem os preços mínimos do algodão, arroz, milho e soja.

Na ocasião, as entidades apresentaram ao Secretário as planilhas de custo de produção de suas cadeias produtivas e que foram submetidas a comparações de técnicos do Ministério com os estudos de custo de produção elaborados pela Conab. Esta análise revelou que, no caso do algodão, há uma divergência no custo de produção apresentado pela Conab e o custo apresentado pela Abrapa e pela CNA. Os estudos da Abrapa e da CNA são muito semelhantes, apontando um custo de produção médio de R$ 7.200,00/hectare o que levaria a um preço mínimo de R$ 65,00/hectare. Esses valores foram calculados levando-se em conta a renda obtida com o caroço e a pluma. Já no caso do arroz, milho e da soja, os custos apresentados pela Conab e pelas entidades estão bastante parecidos. Dessa foram, o reajuste dos preços mínimos dessas culturas pode ser correspondente às expectativas dos agricultores.

O estudo apresentado pela Conab indica um reajuste do preço mínimo do algodão dos atuais R$ 54,90/arroba para R$ 60,00/arroba. Esta alteração se mostraria insuficiente para cobrir o custo de produção e não corresponderia ao previsto na lei que estabeleceu a Política de Garantia de Preços Mínimos (Lei 79/1966).

Compromisso

O Secretário Neri Geller se comprometeu em verificar com a Conab a diferença no custo de produção em relação aos custos apresentados pela a Abrapa e pela CNA e defender o reajuste do preço mínimo para o algodão, levando-se em conta a inflação do período. Este reajuste, de acordo com Geller, será correspondente a algo em torno de 18%. Este valor corresponderia à inflação acumulada de 2014 quando o preço mínimo do algodão foi reajustado pela última vez. O próximo reajuste no preço mínimo da commoditie está previsto para entrar em vigor em 2017.

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