Ampa comemora 17 anos

Publicado em: 16 de setembro de 2014

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Instalada em sede própria, entidade comemora suas conquistas  ciente dos inúmeros desafios atuais

A Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) faz 17 anos nesta terça-feira. “Foram 17 anos muito bem vividos, cheios de conquistas e muitas histórias para contar”, comenta Milton Garbugio, presidente da Ampa. Associado desde 2001, Garbugio orgulha-se de estar liderando a Ampa no momento de realização de um grande sonho: a inauguração da sede própria da entidade no dia 22 de agosto passado. Construído em parceria com a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), o Edifício Cloves Vettorato reúne no mesmo prédio dois institutos criados pelos associados da Ampa: o Instituto Algodão Social (IAS), em 2005 e o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), em 2007, além da Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio  (Comdeagro).

“A Ampa contribuiu decisivamente para chegarmos à atual situação”, comenta Décio Tocantins, diretor executivo da entidade. Na verdade, a entidade nasceu da necessidade dos primeiros produtores de buscarem juntos soluções para os problemas enfrentados nos anos 90, como doenças, e os desafios decorrentes das características do Cerrado que tornavam imprescindíveis os investimentos em pesquisa.

Para se chegar à organização atual, várias ações lideradas pela Ampa foram necessárias: em 1999, a criação da Abrapa auxiliou e motivou a formação de diversas outras associações estaduais, dando dimensão nacional às demandas dos cotonicultores; em 2000, os produtores conseguiram a adequação da classificação do algodão brasileiro aos padrões internacionais, o que permitiu que o mundo conhecesse melhor a qualidade do algodão do País; em 2001, foi iniciado um programa de marketing que promoveu o algodão de Mato Grosso em mais de 40 países importadores da pluma mato-grossense, por oito anos seguidos.

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“Hoje exportamos 60% do algodão brasileiro. Entre 2005 e 2009, participamos ativamente da proteção da renda do produtor de algodão, quando a situação econômica assim exigiu, demandando o governo federal na maior e mais bem sucedida aplicação efetiva da Política de Garantia de Preços Mínimos”, recorda Tocantins.

Na avaliação do presidente Garbugio, a liderança da Ampa em todo o processo de consolidação da cotonicultura empresarial em Mato Grosso é indiscutível e serviu de referência para o sucesso do setor em nível nacional e internacional. “É claro que sempre temos novos desafios – a pressão de pragas (novas e antigas como o bicudo-do-algodeiro, que dizimou lavouras em outros grandes estados produtores num passado recente), de doenças, os problemas de infraestrutura logística que são enfrentadas com outras entidades e as questões relacionadas à lucratividade da cultura, sem a qual fica difícil continuar”,  afirma.

Os aspectos econômicos e científicos da cotonicultura foram debatidos no 9º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), realizado pela Ampa em setembro de 2013. Mais uma vez, lembra Garbugio, a Ampa deixou clara sua preocupação com o futuro da produção de algodão no País, enfatizando a importância do debate sobre novas biotecnologias e da difusão de conhecimento.  Ao longo do último biênio, várias produções científicas foram lançadas pelo IMAmt com a participação de outras instituições de pesquisa (como o Manual de Beneficiamento do Algodão e o Boletim de P&D sobre o algodoeiro e os estresses abióticos). Quanto à qualificação de mão de obra, foi iniciada em julho de 2014  a construção de Centros de Treinamento e Difusão Tecnológica em cinco das principais regiões produtoras de algodão em Mato Grosso: Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Rondonópolis, Sapezal e Sorriso.

“A Ampa participa com a Abrapa e outras estaduais das gestões junto ao governo federal para obter uma remuneração mais justa para nosso produto, como a política de preços mínimos e a realização do Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor). Quem planta algodão acaba se apaixonando por essa cultura, por isso podemos dizer que temos muito a comemorar no 17º aniversário da Ampa, mas sabemos que há sempre muito a ser feito e conquistado”, conclui Garbugio.

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