Área plantada com algodão no Cerrado da Bahia cresce 48% em 2010/2011

Publicado em: 28 de janeiro de 2011

Com os melhores preços já registrados nos últimos 140 anos, o algodão ganhou mais espaço no Cerrado baiano. De acordo com o 2º Levantamento da Safra 2010/2011, realizado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a área ocupada pela cultura na região oeste do estado é 48% maior que em 2009/2010, ficando em 362,7 mil hectares, contra 245 mil hectares no ciclo anterior.

Em consequência, a produção também deve disparar, com previsão de 58% de incremento, saindo de 371,7 mil toneladas de algodão em pluma em 2009/2010, para 587,6 mil toneladas neste ciclo. A produtividade nas lavouras (que havia caído um pouco na safra passada em virtude de fatores climáticos, ficando em 253 arrobas de capulho por hectare) deve voltar aos patamares tradicionais de 270 arrobas por hectare.

“A alta recente dos preços do algodão na bolsa de Nova York levou muitos produtores a rever o balanceamento de suas matrizes produtivas, destinando mais espaço para a cultura. Há registros de que áreas que seriam destinadas a soja e milho passaram a abrigar plantações de algodão nesta safra”, diz o presidente da Aiba, Walter Horita.

Soja

Para a soja no Oeste da Bahia, a Aiba não apontou grandes novidades em relação ao ano passado. Tanto a área quanto a produção do grão permanecerão quase inalteradas, devendo crescer apenas 1%. A área, que em 2009/2010 era de 1,05 milhão de hectares, passa a ser de 1,06 milhão de hectares. Já a produção sai de 3,21 milhões de toneladas no ciclo passado e deve alcançar 3,24 milhões de toneladas nesta safra.

Milho

A sensível melhora nos preços do milho no segundo semestre do ano passado não chegou a tempo para garantir mais área para o cereal na região, que teve uma redução de 10%, caindo de 170 mil hectares em 2009/2010 para 153 mil hectares em 2010/2011. A substituição do milho por outras culturas foi consequência dos preços baixos praticados na comercialização da última safra, agravados pela falta de mecanismos que sustentem negócios futuros.

Café

O cenário do café irrigado no Oeste da Bahia se mantém inalterado. Área, produção e produtividade permanecerão as mesmas, respectivamente, 12,86 mil hectares, sendo colhidas 45 sacas por hectares, com produção de 578,7 mil sacas. Apesar disso, as perspectivas para a commodity na região e no país como um todo são boas. Com os preços atuais de 280 dólares a saca, ainda que com o câmbio a R$1,60, o produtor deve voltar a investir na cultura. No Oeste há uma área em formação de 2,55 mil hectares.

Fonte: Abrapa

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