Competição internacional e falta de algodão preocupam indústria têxtil

Publicado em: 30 de junho de 2010

SãO PAULO – Os empresários da indústria têxtil estão preocupados com a competição do mercado internacional e com a escassez de fornecimento de algodão. O assunto foi debatido, na última quinta-feira (24), durante a reunião da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções). O diretor-superintendente da Abit, Fernando Pimentel, afirmou que a balança comercial brasileira no setor saiu de um superavit em 2004 para um deficit de US$ 3,5 bilhões em 2010. ?A entrada de importados vem sendo bem absorvida, porque o mercado interno está crescendo, mas o cenário vai ficar mais complicado, se o aumento da renda desacelerar nos próximos anos? , disse Pimentel. Competição chinesa Segundo a Agência CNI (Confederação Nacional da Indústria), a expansão de produtos importados no País ocorre em um momento em que há pressões para que a China, maior produtora mundial de confecções, seja reconhecida como uma economia de mercado. Sobre o assunto, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR) e presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) disse que a competição com os produtores asiáticos, especialmente com a China, será discutida pelo Congresso nos próximos anos. “O setor precisa estar bem organizado, para ser ouvido quando for discutido o reconhecimento da China como economia de mercado, por exemplo”, afirmou o deputado. Falta de algodão Em relação à escassez de algodão, os empresários disseram que podem faltar de 100 mil a 200 mil toneladas de fibras entre janeiro e junho de 2011, devido à baixa produção global no último ciclo. O problema se agrava, já que a safra brasileira, de 600 mil toneladas de algodão, que começa a ser colhida, está sendo negociada com tradings, que visam ao mercado externo. Para tentar minimizar a situação, no próximo mês, o setor irá estudar soluções para garantir o fornecimento de algodão.

Fonte: abrapa

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