Crise internacional em destaque na abertura do 10º Congresso da Abag

Publicado em: 10 de agosto de 2011

O 10º Congresso Brasileiro do Agronegócio ocorre em um momento delicado, declarou ontem o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Carlo Lovatelli. Ao abrir o evento, Lovatelli lembrou que em 30 de outubro o mundo terá 7 bilhões de habitantes e que o Brasil tem grande responsabilidade na alimentação desse enorme contingente humano.

Isso ocorre, segundo Lovatelli, “ao mesmo tempo em que Estados Unidos e Europa emitem sinais de desarrumação e de insolvência em suas economias”.

“Os olhos do mundo estão voltados para o Brasil”, declarou. “O desenvolvimento do agronegócio depende de políticas públicas adequadas e investimentos pesados”, acrescentou.

“Há questões a serem resolvidas, como a definição de um marco regulatório”, resumiu.
    
Para Lavatelli, o agronegócio ainda carece do reconhecimento da sociedade. “A recente votação do Código Florestal, pela Câmara dos Deputados, revelou um total desconhecimento da realidade do agronegócio por parte da sociedade”, afirmou.

Participaram da abertura do 10º CBA o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador Blairo Maggi (PR-MT) e os deputados federais Duarte Nogueira (PSDB- SP) e Moreira Mendes (PPS- RO).
    
O senador Blairo Maggi reclamou da dependência tecnológica do País na agricultura e na produção de insumos, como fósforo e potássio, e também dos gargalos da infraestrutura que prejudicam a competitividade do agronegócio. Já o deputado Duarte Nogueira disse que o agronegócio, apesar de ser o fiel da balança comercial, não tem tido a importância que merece.
      
Biocombustível
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, palestrante do 1º Painel do evento, a expansão da oferta de etanol depende de um pesado programa de incentivos e de investimentos. Em sua opinião, isso só deverá se concretizar depois de o governo colocar o etanol em posição de destaque na matriz energética brasileira.

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