Empresários da indústria têxtil da Turquia visitaram a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e os visitantes foram recebidos pelo diretor executivo da Ampa, Décio Tocantins, que forneceu informações sobre o desenvolvimento do setor em Mato Grosso. A indústria turca utiliza algodão brasileiro há quatro anos e pretende ampliar a importação do produto. Um dos motivos, segundo o representante da Reinhart no Brasil, Jonas Nobre Junior, é que a crise econômica mundial de 2008 reduziu em 300 mil toneladas a média de consumo da fibra naquele país, passando de 1,5 milhão de toneladas para 1,2 milhão de toneladas. Para este ano, a previsão é que sejam produzidas na Turquia apenas 450 mil toneladas. “Por isso, será preciso complementar as cerca de 800 mil t restantes por meio da importação”, relatou.
De acordo com o representante da Reinhart na Turquia, Sabettin Dogan, deste montante que o país importará, 90% são de origem americana. O diretor executivo da Ampa afirmou que os produtores de Mato Grosso têm interesse em aumentar o volume de exportação para a Turquia. “Queremos fornecer esse produto com a melhor qualidade possível às indústrias turcas. Para isso, nós investimos muito em pesquisa, por meio do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt)” ressaltou.
Décio Tocantins frisou ainda que Mato Grosso deve produzir mais da metade do algodão brasileiro este ano. “Além disso, a qualidade da nossa fibra é excelente, principalmente no período de estiagem”, acrescentou. Outro dado apresentado é que o Estado é responsável por 58% das exportações brasileiras de algodão. Os Selos de Conformidade Social, concedidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), têm a finalidade de informar aos clientes e ao mercado consumidor a origem social do algodão. Só entre as safras de 2007 a 2009, sete milhões de Selos foram emitidos em Mato Grosso.
Os empresários da Turquia também conheceram as ações da Ampa voltadas para a Responsabilidade Social. Projetos que oferecem capacitação de pequenos agricultores, jovens e adultos de comunidades rurais, geração de renda, fortalecimento do artesanato, e condições dignas de trabalho como Qualificação Profissional a Egressos; Valorização do Trabalho Rural; Japuíra; e Algo D , foram apresentados aos visitantes.
Fonte: Abrapa
