Falta de chuva pode prejudicar produção de algodão no Sudoeste

Publicado em: 20 de abril de 2012

Entre janeiro e fevereiro de 2012 a região sudoeste da Bahia registrou 42 dias sem chuva. O período de estiagem a exemplo do que já ocorreu em safras anteriores, pode comprometer parte da produção de algodão da região. Segundo José Lima Barros, coordenador do Programa Fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), cerca de 70% da produção já está comprometida.

“Essa situação poderá mudar somente se chover com certa regularidade entre março e abril, caso contrário, as lavouras poderão ser totalmente perdidas”, observa com preocupação o coordenador. “Esses longos períodos de estiagem já estão desestimulando alguns produtores”, reforça.

Na safra 2010/11 a área cultivada com algodão na região foi de 32,5 mil hectares. Para esta safra houve uma redução de 1,5 mil hectares na área de cultivo. A estiagem, segundo José Lima, não é o único problema enfrentado pelos cotonicultores do sudoeste. A alta infestação das pragas do algodoeiro, em especial o bicudo, também contribui para esse decréscimo.

De acordo com a presidente da Abapa, Isabel da Cunha, a associação está trabalhando para minimizar o custo para os produtores, já que mantém uma equipe com três técnicos para atender a região. “Estes profissionais, além do levantamento de todas as áreas cultivadas com algodão, realizam um trabalho de conscientização com os produtores locais em relação ao uso de estratégias para o controle das pragas do algodoeiro”, esclarece a presidente.

“Não estamos imunes às adversidades do clima ou a infestação das pragas do algodoeiro. O que temos de fazer é manter um trabalho de prevenção para não sermos pegos de surpresa. A Abapa tem investido no monitoramento das lavouras de algodão no estado, mas precisa do retorno do produtor, para o cumprimento dos prazos de destruição da soqueira, principal foco do bicudo”, finaliza Isabel.

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