Oeste da Bahia terá indústrias têxteis implantadas por portugueses

Publicado em: 23 de setembro de 2013

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“Este é um momento histórico para a Bahia. Estamos alcançando o objetivo de levar para o Estado uma grande indústria têxtil, para agregar valor ao algodão e gerar milhares de empregos diretos e indiretos”. A afirmação foi feita pelo secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, ao assinar na manhã desta segunda-feira (23), em Lisboa, no Congresso Nacional de Portugal, protocolo de intenções com a Associação Comercial e Industrial de Barcelos (Acib), formalizando a intenção de implantar na Bahia indústrias da zona geográfica de Barcelos. A Acib representa 65 grandes indústrias portuguesas. 

O secretário explicou que a implantação dessas indústrias se concentrará no setor têxtil, podendo ser complementada com outros setores, a exemplo dos calçados e de acessórios. O objetivo é verticalizar a oferta de produtos têxteis e de moda, desde a produção de fios até a confecção de roupas. “A Bahia é o segundo maior produtor nacional de algodão de alta qualidade, com fios tão bons quanto os produzidos no Egito”, acrescentou Salles. 

Os prefeitos de Luiz Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, e de Barreiras, Antônio Henrique Moreira; o presidente da Associação dos Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Busato; o vice-presidente da Aiba, Celestino Zanella, e o diretor da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa); Luis Carlos Bergamaschi, participaram do ato, que contou também com a participação da deputada portuguesa Mônica Ferro. 

As indústrias têxteis portuguesas trabalham desde a fiação até a confecção, mas muitas empresas estão paralisando as atividades de fiação por causa da crise internacional, que estagnou o mercado europeu. Neste contexto, os empresários escolheram o Brasil e a Bahia para investir e devem transferir os equipamentos para a região Oeste baiana. 

O superintendente de Atração de Investimentos da Seagri, Jairo Vaz, explicou que o termo assinado concretiza iniciativas que vez sendo desenvolvidas há mais de um ano, quando uma comitiva da Seagri esteve em Portugal e apresentou aos empresários as oportunidades e vantagens de se investir na Bahia. “Essa é mais um resultado das missões internacionais que vem sendo feitas pelo governo do Estado, através da Seagri, visando atrair investimentos para a agropecuária”, disse Vaz. 

Saloio vai fabricar em Alagoinhas queijos com leite de cabra 

Outro resultado prático da missão da Seagri à Portugal foi a assinatura do protocolo de intenções entre o governo da Bahia, através da Seagri, o Laticínio Marianna e a Queijo Saloio Indústria de Laticínios, para implantar, na cidade baiana de Alagoinhas, uma indústria de processamento de leite de vaca, cabra e ovelha, para produzir queijos especiais. 

A Saloio é a terceira maior indústria de Portugal e a maior em especialidades de queijos, e também a maior em queijos de cabra. No mercado desde 1968, a empresa produz e vende queijo fresco, requeijão e especialmente queijo curado, transformando aproximadamente 150 mil litros de leite por dia. 

A assinatura do protocolo de intenções é fruto das reuniões de trabalho realizadas no final do ano passado, quando uma missão chefiada pelo secretário Eduardo Salles esteve em Portugal e Espanha, demonstrando as potencialidades da ovinocaprinocultura na Bahia. Salles explicou que o protocolo assinado vai permitir a criação de uma joint venture entre a empresa baiana Laticínio Marianna e a portuguesa Saiolo, gerando empregos e possibilitando a fabricação de produtos inéditos e ao mesmo tempo estruturar a atividade da ovinocaprinocultura no Estado. 

“A Bahia tem o maior rebanho de cabras e o segundo maior de ovelhas do País, mas se não temos quem compre leite a preços viáveis não desenvolvemos a atividade. Queijos finos com alto valor agregado incentivarão a cadeia como um todo”, avalia Salles. 

Ascom Seagri – 23 de setembro de 2013
Josalto Alves – DRT-Ba 931
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