Palestras promovidas pela Abapa proporcionam informação de qualidade à cadeia produtiva do algodão

Publicado em: 6 de julho de 2012

Na sexta-feira, dia 29 de junho, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão em parceria com a Fundação Bahia e apoio do Fundeagro promoveu uma noite de palestras que marcou a abertura do Dia de Campo de Algodão 2012. Com as palestras de Hans Joerg Rueckriem, especialista em qualidade do algodão e Carlos Alberto Sardenberg, jornalista e comentarista econômico, a Abapa ofereceu aos participantes uma noite de informações relevantes sobre o universo da cadeia produtiva do algodão. “Com estas palestras a Abapa espera poder contribuir para a tomada de algumas decisões para a próxima safra, fornecendo informações importantes e uma visão descomplicada da economia hoje. É essencial para o cotonicultor entender os rumos da nossa economia, assim como compreender a importância da qualidade do algodão produzido por ele” disse a presidente da Abapa, Isabel da Cunha, pouco antes da abertura do evento.

Entre o público presente no espaço de eventos Quatro Estações, constaram produtores rurais da região, representantes de entidades ligadas ao agronegócio, como o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) Sérgio de Marco, o presidente da Fundação Bahia Clóvis Ceolin, o vice-presidente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) Sérgio Pitt e demais profissionais do agronegócio.

Em seu discurso, Sérgio de Marco salientou a força do trabalho e investimento na cultura do algodão pelos produtores e no intensivo trabalho da Abrapa e associadas na divulgação do algodão brasileiro pelo mundo. “Contra o clima nada podemos fazer, mas nosso trabalho pode fazer a diferença em qualquer situação. Eu acredito que com nosso suor vamos reverter as dificuldades enfrentadas nesta safra. Nós brasileiros temos muito caráter para nos orgulharmos, pois cumprimos nossos contratos independentemente de valor”, reforçou o presidente da Abrapa.

Isabel da Cunha também falou da força do trabalho dos cotonicultores baianos em seu discurso. “Como presidente da Abapa, conclamo toda a cadeira produtiva do algodão para que nos unamos em busca das melhores soluções para os nossos problemas, pois tenho certeza de que unidos seremos fortes.” A presidente também aproveitou a oportunidade para divulgar algumas ações realizadas na sua gestão, entre elas a reforma e modernização dos laboratórios de Luís Eduardo Magalhães e Roda Velha, com a aquisição de modernos equipamentos de análise de HVI, além do novo laboratório de classificação visual em Guanambi. “São muitos os projetos realizados, todos com objetivo de atender os associados, melhorar a qualidade de vida da nossa sociedade através da qualificação dos nossos colaboradores e através de projetos socioculturais. Importante ressaltar a relevância do Fundeagro, uma conquista dos produtores de algodão com apoio do governo da Bahia e que viabiliza a realização de todos esses projetos”, afirmou Isabel durante seu discurso.

Na palestra Algodão e os Desafios da Qualidade, o palestrante Hans Joerg Rueckriem frisou a importância dos meios adequados na produção do algodão na qualidade final da fibra e a extrema relevância das análises de HVI para o cotonicultor. Segundo Hans, o produtor não deve encarar a análise de HVI apenas para comercialização da safra, mas como um investimento na sua produção, pois é através desta análise que produtor pode avaliar a qualidade da semente plantada, mapear as área da fazenda de acordo com a qualidade e produtividade, avaliar as épocas de plantio, otimizar a colheita e beneficiamento, controlar a classificação visual e formar um banco de dados precioso para melhor comercializar sua produção.

Finalizando a noite, o jornalista e comentarista econômico Carlos Alberto Sardenberg ministrou a palestra Rumo da Economia Mundial e Seu Impacto para o Brasil, relatando e explicando de forma muito descomplicada as sucessivas crises que atingiram a economia mundial, como a crise de 2008 (EUA), a crise do euro nos países europeus e a crise que atingiu a Grécia. “O problema claro das crises foi o excesso de empréstimos” afirmou Sardenberg. Sobre a economia brasileira, o palestrante repassou as principais ações dos governos de FHC, Lula e Dilma que fortificaram a estrutura econômica brasileira, o que culminou na força da nossa economia durante as crises vividas nos últimos quatro anos. Sobre os principais problemas e desafios, foi taxativo. “Os principais problemas no Brasil são a carga tributária altíssima e a infraestrutura ainda deficiente. O brasileiro, também consome muito e investe pouco, e investimento é essencial para o sucesso financeiro” afirmou Sardenberg durante a palestra que surpreendeu os presentes, devido à linguagem descomplicada e a qualidade das informações utilizadas pelo palestrante.

Fonte: Novoeste

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