Para CNA, o Valor Bruto da Produção crescerá 7,7% durante este ano

Publicado em: 12 de abril de 2011

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) disse na sexta-feira que o Valor Bruto da Produção (VBP) em 2011 deve somar R$ 270,9 bilhões, alta de 7,71% em relação aos R$ 251,5 bilhões de 2010. Segundo a CNA, além do clima favorável, da safra recorde e dos preços agropecuários remuneradores, o desempenho esperado para o ano é reflexo do aumento de receita com as exportações de produtos agrícolas. Em fevereiro, por exemplo, os embarques do agronegócio alcançaram US$ 5,33 bilhões, valor recorde para o mês e alta de 21% ante igual período de 2010.

A CNA divulgou ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio em 2010 fechou o ano com crescimento de 5,47%, para US$ 467,9 bilhões. A análise, feita em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), mostra recuperação do agronegócio no ano passado em relação às perdas de 2009, quando o setor recuou 5,08%.

O PIB do agronegócio representou uma fatia de 22,4% de todo o PIB brasileiro, que atingiu US$ 2,089 trilhão em 2010. A recuperação do setor melhorou o poder de compra dos produtores e trouxe um melhor pacote tecnológico no plantio das lavouras, avaliou a superintendente técnica da CNA, Rosemeire Cristina dos Santos, em nota. A produção de fertilizantes cresceu 2,67% em 2010 ante 2009.

Remuneração

Mesmo com a previsão de uma safra recorde de mais de 157 milhões de toneladas de grãos o agricultor brasileiro vai garantir bons rendimentos de acordo com as projeções do Ministério da Agricultura. Pela análise dos técnicos do Mapa, os preços não vão cair para o produtor rural. Esse resultado segue a linha do governo de garantir renda ao produtor sem penalizar o consumidor.

O secretário de Política Agrícola do Ministério, Edilson Guimarães, assegurou a estabilização na venda dos grãos. “Os produtos vão continuar com preços remuneradores, apesar da alta safra”, disse. Os altos preços dos produtos agrícolas registrados atualmente também foram analisados. Para Guimarães, a razão está no aumento da demanda, isto é, a população consome mais do que produz, tanto no mercado interno, como no externo. “Este é o patamar de preço mais alto da história. Não vejo produto agrícola sendo vilão da inflação”. Na avaliação da Conab, as condições climáticas foram benéficas para o cultivo de alguns produtos.

Fonte: Abrapa

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