Política agrícola: fibras terão câmara setorial

Publicado em: 31 de janeiro de 2011

O setor de fibras vai ganhar um fórum consultivo no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, uma Câmara Setorial, que será instalada até junho. Além dos representantes dos produtores, indústria e governo, vão participar executivos responsáveis pela comercialização de itens como sisal, juta, malva, piaçava, algodão colorido e fibra de coco. “Essa iniciativa será importante para discussão dos principais gargalos desses setores e definição de metas para o desenvolvimento da agricultura brasileira”, explica Andressa Beig, coordenadora-substituta de Oleaginosas e Fibras do ministério. Entre os assuntos que serão tratados nas reuniões deste ano, estão a necessidade do aperfeiçoamento dos leilões do Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) para sisal. Criado em 2010, o PEP é um instrumento de garantia de preço mínimo ao produtor. Além disso, será importante discutir medidas de apoio aos outros produtos contemplados nessa Câmara, por meio da avaliação dos custos de produção e rentabilidade.

PESQUISA NO CERRADO O produtor de soja do cerrado contará, nas próximas safras, com uma variedade superprecoce adaptada às condições da região. O ciclo desta planta será cerca de 30% menor que o das variedades atuais, ou seja, de 90 a 100 dias. A pesquisa, conduzida pela Embrapa Cerrados e pela Embrapa Soja, unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), está em fase final de seleção das variedades e as sementes devem estar disponíveis para o mercado em dois anos. “A grande vantagem é possibilitar ao produtor, no mesmo ano agrícola, duas culturas no campo”, destaca o pesquisador Sebastião Pedro da Silva Neto. O encurtamento do ciclo permite também que se minimize a ocorrência de insetos e fungos.

VEDETES DO COMéRCIO A China é o país que mais compra produtos agrícolas do Brasil. No ano passado, as exportações do agronegócio para o país asiático renderam US$ 11 bilhões. A cifra representa crescimento de 23,4%, em relação ao registrado em 2009. Os principais produtos exportados para o mercado chinês em 2010 foram soja em grãos (US$ 7,1 bilhões), celulose (US$ 1,1 bilhão) e óleo de soja (US$ 786,4 milhões). Para o Japão, o total embarcado alcançou US$ 2,4 bilhões, o que equivale a 32,6% a mais que em 2009, com US$ 1,8 bilhão. Os destaques das vendas foram carne de frango in natura (US$ 906,5 milhões), café verde (US$ 389,8 milhões) e soja em grãos (192,6 milhões).

Fonte: Abrapa

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