Depois de subir mais de 50% desde janeiro, os preços do algodão começam a ceder à pressão da entrada da safra recém-colhida no Brasil e à retração de compradores, que limitaram os negócios diante do aumento expressivo das cotações.

O indicador do Cepea/Esalq encerrou a semana com queda de 6% para R$ 2,1143/libra, ante os R$ 2,2549/libra registrados no dia 9 de setembro.

A commodity vinha em trajetória de alta desde janeiro. Entre maio e junho o movimento foi interrompido e os preços ficaram estáveis, mas voltaram a subir até a primeira semana de setembro.

O indicador só cedeu no dia 9 de setembro. Mas há pelos menos duas semanas os corretores já indicavam que os participantes estavam começando a baixar as ofertas para o mercado interno. O pesquisador Lucílio Alves diz que depois que os preços internos superaram a paridade de importação já se esperava queda das cotações. “O mercado interno precisava se ajustar. Depois deste movimento, algumas indústrias decidiram importar.” A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) estima que 75% do algodão colhido no ciclo 2009/2010 foi beneficiado até agora.

A entrada deste produto no mercado e a suspensão da tarifa de importação a partir de outubro contribuíram para acalmar a indústria, que temia a falta do produto.

Fonte: Abrapa