Produtividade sinaliza queda de 15% em MT

Publicado em: 29 de junho de 2010

A colheita nas lavouras de algodão começou principalmente nas regiões de Rondonópolis e Primavera do Leste, mas, a partir de agora, a tendência é que seja intensificada em todas as regiões do Estado. O diretor-executivo do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Álvaro Salles, explica que a queda na produtividade esperada se deve basicamente à seca no final do ciclo no Estado.

Álvaro Salles explica que, a partir de abril, praticamente não choveu mais no estado de Mato Grosso, prejudicando o enchimento dos capulhos do terço superior da planta. Ele diz que, praticamente, todo o estado foi prejudicado com a seca, mas avalia que as regiões mais afetadas foram as de Rondonópolis e Primavera do Leste. Com isso, acredita que, ao invés da produtividade média inicial de cerca de 1.550 kg/hectare de algodão em pluma, espera-se agora uma produtividade média máxima de 1.400 kg/hectare.

Quanto ao mercado de preços, o diretor-executivo do IMAmt analisa que está bom. O preço da arroba do algodão em pluma na praça de Rondonópolis, por exemplo, gira entre R$ 48 e R$ 50. Os bons preços, segundo ele, se devem ao aumento do consumo e à diminuição da oferta, com estoques baixos de algodão no mundo. Dessa forma, mesmo com a queda de produtividade esperada, avalia que em média os produtores de algodão não devem ter prejuízo nesta safra.

Esse bom cenário para a cultura do algodão deve refletir nas tendências de plantio da próxima safra: a 2010/2011. Álvaro Salles observa que os principais concorrentes do algodão – soja e milho – não estão com o cenário favorável, fazendo com que, na pior das hipóteses, os produtores da pluma mantenham a atual área plantada, em torno de 430 mil hectares.

Com panorama positivo para a cultura do algodão, a tendência é que o estado de Mato Grosso até amplie a área plantada para a pluma, principalmente do tipo adensado (com espaçamento menor no algodoeiro e redução no ciclo). O diretor-executivo do IMAmt calcula que nesta safra atual, dos 430 mil hectares de área, 53 mil hectares foram com algodão adensado. Para a próxima temporada, estima um acréscimo de cerca de 10% na área cultivada com o adensado.

Fonte: Abrapa

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