Commodities Agrícolas

Publicado em: 23 de março de 2011

Demanda menor Os preços do café fecharam em baixa o pregão de ontem na bolsa de Nova York, influenciados pela expectativa de uma possível queda na demanda da commodity no caso de os preços seguirem em patamares muito elevados. Os contratos com vencimento em julho fecharam a terça-feira cotados a US$ 2,757 por libra-peso, em baixa de 345 pontos. Segundo a Dow Jones Newswires, mesmo com a queda de ontem, os preços ainda seguem dentro da margem que o mercado vinha operando nos últimos pregões. A própria Organização Internacional do Café (OIC) informa que a indústria ainda não repassou toda a alta da matéria-prima e se isso ocorrer pode reduzir a demanda. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq fechou a R$ 519,97, em queda de 1,95%.

Exportações menores A turbulência política da Costa do Marfim, maior produtor do mundo de cacau, já está tendo impacto no escoamento da commodity. Segundo um empresário do país que teve acesso a números sigilosos, entrevistado pela Bloomberg, os embarques nos portos de Abidjan e San Pedro caíram 94% na quinzena terminada no dia 17 de março frente ao mesmo período do ano passado. Isso representou 1.610 toneladas. A indefinição política na Costa do Marfim tem contribuído para a alavancagem dos preços no mercado internacional. Em Nova York, os papéis com vencimento em julho fecharam o dia a US$ 3.261 por tonelada, com alta de US$ 72. Em Ilhéus e Itabuna, o preço médio da arroba ficou em R$ 82,66, segundo informou a Central Nacional dos Produtores de Cacau.

Chuvas na Austrália Os preços do algodão subiram pelo segundo dia consecutivo nesta semana na bolsa de Nova York, influenciados pelas especulações de que as chuvas na Austrália possam atrapalhar o fornecimento da pluma por parte do quarto maior exportador mundial. Ontem, os contratos vencimento em julho foram cotados a US$ 1,969 por libra-peso, com ganho de 700 pontos. Segundo a Bloomberg, o Bureau de Meteorologia da Austrália prevê chuvas entre abril e junho, o que pode comprometer a qualidade da pluma produzida no país. “As notícias da Austrália são positivas para o mercado. Já existem algumas compras das indústrias”, disse Andy Ryan, consultor da FCStone. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq terminou o dia valendo R$ 3,973 por libra-peso, alta de 0,49%.

Efeito climático O receio de que as chuvas prejudiquem regiões produtoras de soja no Brasil segue dando sustentação aos preços da soja na bolsa de Chicago. Ontem, os contratos com vencimento em julho terminaram o dia valendo US$ 13,75 por bushel, alta de 2 centavos. Segundo analistas consultados pela Bloomberg, as chuvas que atingem o país podem prejudicar a produtividade das lavouras brasileiras. As estimativas do mercado apontavam para uma colheita de 72 milhões de toneladas, mas a queda no rendimento pode reduzir a produção para até 69 milhões, disseram analistas. “O mercado está atento ao tamanho dos grãos no Brasil”, disse Mike Zuzolo, presidente da consultoria Global Commodity. No Paraná, a saca foi cotada ontem a R$ 44,37, em queda de 0,25%, segundo o Seab/Deral.

Fonte: Abrapa

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