Produtores participam de Visita Técnica do Projeto Adoção de Cultivares de Algodão

Publicado em: 20 de maio de 2016
O evento contou com a presença do Dr. Eleusio Freire

O evento contou com a presença do Dr. Eleusio Freire

Produtores, pesquisadores, gerentes de fazendas, fornecedores, consultores da região e técnicos do Programa Fitossanitário da Abapa, participaram nos dias 11 e 12 de maio, da Visita Técnica para Adoção de Cultivares de Algodão para o Oeste da Bahia, que tem como objetivo otimizar a difusão das cultivares de algodoeiro com características de alta adaptabilidade ao cerrado baiano e com alto potencial produtivo e qualitativo. A ação faz parte do projeto desenvolvido pela a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Fundação Bahia e Embrapa, com apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).

“Esse é um projeto muito importante para o futuro da produção do algodão na região oeste. Temos hoje mais de 30 cultivares novas no mercado. Nós produtores e consultores, por mais que tenhamos conhecimento, por se tratar de cultivares recentes no mercado, ainda temos dúvidas. Um projeto como esse traz mais segurança para o produtor no momento de escolher as cultivares. É importante que a Abapa e Fundação Bahia, acompanham de perto essas variedades, uma vez que a qualidade tem pesado muito para o resultado da produção”, disse o diretor da Abapa e coordenador do Programa Fitossanitário da Bahia, Celito Breda.

Segundo o engenheiro agrônomo, Dr. Eleusio Freire, mestre em Agronomia e doutor em Genética e Melhoramento de Plantas, o projeto está no segundo ano, e atualmente, estão sendo avaliadas as variedades plantadas na região. “O projeto consiste em avaliar as cultivares de algodão existentes e cultivadas nos solos da região, para então recomendarmos aos produtores. São muitas as variedades, algumas já foram descartadas para a próxima safra”, disse Dr. Eleusio que também fez um relato do histórico da qualidade do algodão, na Bahia. “Após o lançamento de um número elevado de variedades, vimos que o algodão da Bahia perdeu um pouco a qualidade. A Bahia tinha uma imagem muito boa em relação à qualidade do algodão, tendo a sua fibra comparada com a da Austrália. Estamos estudando as melhores variedades para que a Bahia continue sendo referência, e volte a se consolidar como o melhor algodão do Brasil. Para isso, o ideal é que a Bahia tenha, no máximo, cinco variedades”, disse Freire.

Os estudos, o projeto conta com cinco campos demonstrativos, onde são feitas sequencialmente rodadas de avaliação. “Nesse projeto, alinhamos os materiais existentes no mercado, inclusive o material produzido pela Fundação Bahia, fazemos a comparação e damos essa resposta para o produtor. É um projeto que todos ganham, a Fundação, por fazer o seu trabalho na área de pesquisa, a Abapa, pois ela vai terá informações seguras e avaliadas com neutralidade para passar para o produtor, e o produtor, que por sua vez, terá um material seguro, com qualidade e rentabilidade garantida”, disse o diretor executivo da Fundação Bahia, Nilson Vicente.
Durante a programação, foram realizadas visitas no Campo Experimental da Ide Consultoria, na Fazenda Warpol em Roda Velha, distrito de São Desidério e no Campo de Validação da Círculo Verde, em Luís Eduardo Magalhães.

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