Abapa participa do 21º Clube da Fibra FMC

Publicado em: 30 de maio de 2016
Mais de 350 pessoas participaram do evento que comemorou os 10 anos do Instituto Algodão Social

Mais de 350 pessoas participaram do evento que comemorou os 10 anos do Instituto Algodão Social

O 21º Clube da Fibra, realizado entre os dias 18 e 20 de maio em Recife-PE, contou com a presença de produtores, sociedade civil, especialistas e autoridades. O início dos trabalhos aconteceu com a abertura do evento, a palestra “Laços Fortes: Passado, Presente e Futuro” realizada pelo Diretor Geral Brasil da FMC, Ronaldo Pereira, que destacou que a liquidez vai ser o grande desafio do produtor de algodão na temporada 2016/17, e o um painel apresentado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com a participação do presidente da entidade João Carlos Jacobsen e outras lideranças do setor, entre elas, o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celestino Zanella.

O painel abordou temas como o cenário político, as perspectivas econômicas do Brasil, gestão de risco e o agronegócio sob a ótica do setor financeiro.Durante as apresentações, os representantes das estaduais assumiram a palavra e mostraram um cenário da atual safra, abordando questões como a rentabilidade e expectativas com o futuro do algodão no país. O presidente Celestino Zanella, foi um dos responsáveis por enfatizar os grandes desafios enfrentados pelo algodão hoje não se esquecendo de lembrar a força da commoditie para o equilíbrio da economia brasileira e mundial. Algo comum entre os representantes das estaduais foi a ênfase nos altos custos de produção x mercado de algodão interno e externo. Segundo eles, as perspectivas estão baixas, e o setor ainda teve que enfrentar dificuldades em decorrência das condições climáticas que tem resultado em perdas de produção e qualidade em todas as regiões produtoras.

Na oportunidade, Jacobsen agradeceu a FMC Agrícola pela realização do encontro e ressaltou a delicadeza do momento que a agricultura passa, enfatizando o aprendizado com as crises. “Precisamos nos mobilizar junto aos políticos que nos representam para buscarmos soluções para o endividamento dos produtores, a quebra da safra e a necessidade de continuar produzindo”, disse Jacobsen. O presidente defendeu maior interação entre as entidades representativas da agropecuária e do setor bancário, pois dessa forma será possível tornar mais clara a relação entre o produtor rural e o sistema financeiro, o que teria reflexos positivos na negociação dos financiamentos para a atividade produtiva. Em meio a uma situação que considera difícil, Jacobsen afirmou que o cotonicultor tem que fazer também a sua “lição de casa”, especialmente ao planejar investimentos. Na avaliação dele, o produtor deve conduzir seus negócios de forma transparente e não negociar com o sistema bancário algo que não pode ser cumprido.

O momento da sessão de Alerta Bicudo enfatizou a ação para o manejo e combate ao bicudo-do-algodoeiro, praga que está há 30 anos no Brasil e, com o ritmo acelerado da produção das lavouras no país, tem se adaptado ao clima e se tornado ainda mais perigosa para as próximas safras. O segundo painel sobre o cenário político e econômico contou com um vídeo enviado pelo ministro do MAPA, Blairo Maggi (PP), e a presença do Deputado Federal Marcos Montes (PSD), Diretor Executivo do Instituto Pensar Agro, João Henrique Hummel Vieira, do economista Alexandre Schwartsman e o moderador foi o ex-ministro da Agricultura e Coordenador do Centro de Agronegócio, FGV-EESP, Roberto Rodrigues. O ministro Blairo Maggi garantiu que o Ministério será muito atuante no aspecto da sustentabilidade e rentabilidade do produtor.

A sessão Domínio Percevejo mostrou como a FMC desenvolveu um manejo que está intimamente ligado ao momento da praga, à situação da cultura da soja como negócio e aos desejos do produtor rural de proteger o seu investimento e ter uma atividade segura para si e para o meio ambiente. O terceiro painel teve como tema a gestão de risco com os debatedores Antônio Carlos Ortiz, Diretor Produtores Rurais Itaú BBA, Ricardo Propheta da BRZ Investimentos e Guilherme Scheffer, Diretor Grupo Scheffer, com a moderação de Roberto Rodrigues.

Para o presidente da FMC Corporation América Latina, Antônio Carlos Zem, o encontro de renomados especialistas e produtores do setor favorece o diálogo e a percepção das principais demandas do campo. “O Clube da Fibra é uma referência como fórum de debate para o setor e incentivou a criação da Abrapa, consolidando assim, o desenvolvimento de um espaço de debate de alto nível e uma representação moderna e ativa em busca de oportunidades para o agronegócio brasileiro. Temos o orgulho de comemorar os 10 anos do Instituto Algodão Social, que contribui com o desenvolvimento sustentável das lavouras de algodão. Nosso compromisso é auxiliar o crescimento exponencial e sustentável do agronegócio brasileiro, independente do seu cenário”, ressalta.

Plano-Safra – Falando sobre o Plano Safra 2016/2017, o vice-presidente da Abrapa, Arlindo Moura, que também é presidente da Vanguarda Agro, avaliou que o momento do anúncio, feito no início deste mês, surpreendeu e ressaltou a alta das taxas de juros, que, de acordo com o Ministério da Agricultura (Mapa), podem chegar a 12,75% ao ano. No entanto, ressaltou que o momento atual inibe investimentos por parte do produtor, que deve planejar sua produção. “A cabeça do produtor, de sempre fazer investimentos, é positiva. O investimento contínuo é bom, mas há momentos em que não se deve fazer. Talvez este seja um ano”, afirmou. “O produtor tem que planejar. Não adianta trabalhar para colher 55 sacas (de soja por hectare, por exemplo), colher 52 e achar que está bom”, acrescentou.

Clube da Fibra – O Clube da Fibra é uma referência como fórum de debate para o setor. O sucesso da iniciativa incentivou a criação da Abrapa, consolidando assim, o desenvolvimento de um espaço de debate de alto nível e uma representação moderna e ativa em busca de oportunidades para o agronegócio brasileiro. De acordo com o presidente da FMC Corporation América Latina, Antônio Carlos Zem, essa parceria de sucesso com a Abrapa contribui para a evolução da cotonicultura. “O encontro de renomados especialistas e produtores do setor favorece o diálogo e a percepção das principais demandas do campo. Esse foi o 21° Clube da Fibra e, na ocasião, também teremos o orgulho de comemorar os 10 anos do Instituto Algodão Social – braço social da AMPA (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão) que contribui com o desenvolvimento sustentável das lavouras de algodão. Nosso desejo é inovar a cada edição e contribuir com os produtores em seus negócios. E esse é o nosso compromisso, auxiliar o crescimento exponencial e sustentável do agronegócio brasileiro, independente do seu cenário”, destaca.

Outro destaque foi a comemoração dos 10 anos do Instituto Algodão Social – braço social da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA).

Com informações Ascom FMC

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