Contribuições da Bahia para Fiol são entregues em Seminário

Publicado em: 29 de abril de 2013

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As atenções da Bahia e do Brasil ficaram voltadas a Barreiras nesta sexta-feira (26) com a realização do I Seminário Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa!. O evento, realizado no Bartira Fest, reuniu lideranças municipais, estaduais e federais, a exemplo do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), dos Ministros dos Transportes (César Borges) e Portos (Leônidas Cristino), do deputado federal João Leão (PP), do presidente do Crea-BA, engenheiro mecânico Marco Amigo, da presidente da UPB, prefeita de Cardeal da Silva, Mária Quitéria, além de representantes de entidades de classe e do empresariado brasileiro.

Na ocasião, o coordenador do evento, deputado federal João Leão (PP) leu a carta de Barreiras, documento entregue ao Ministro César Borges, com o objetivo de retomar e acelerar as obras da Ferrovia Oeste-Leste (ver abaixo). Entre os destaques estão a alteração dos estudos do traçado do lote 6 para Campinorte (GO), agilização das licenças ambientais para os lotes 6 e 7 e liberação da concessão dos pedidos de lavra para Bahia Mineração.

O prefeito de Barreiras, Antonio Henrique (PP), destacou que a Fiol colocará a região nos trilhos do desenvolvimento, mudando a realidade sócioeconômica do povo e integrando a Bahia com o mundo. “A partir da ferrovia, da universidade e do novo aeroporto seremos centro de conhecimento, logística e oportunidade para os demais municípios”, resume.

Infraestrutura – O ministro Leônidas Cristino confirmou a vontade da presidenta Dilma Rouseff (PT) em modernizar a infraestrutura do Brasil. Segundo ele, R$ 200 bilhões estão sendo aplicados na área. Reiterou ainda o compromisso do Governo Federal em construir o terminal de Porto Sul “Além da Bahia, os estados do Amazonas e Espírito Santo receberão investimentos na ordem de R$ 60 bilhões”, complementa.

Para César Borges, a ferrovia é a maior obra estruturante da Bahia em décadas e será o seu maior desafio à frente da pasta de Transportes. “É preciso fazer o casamento de prazos entre o Porto Sul e a ferrovia”, alerta, garantindo o emprego de R$ 700 milhões nos quatro lotes de Ilhéus a Caetité. “Vejo a Fiol pronta até dezembro de 2014, mas para tanto conto com a compreensão dos órgãos fiscalizadores (Ibama e Tribunal de Contas da União)”. O ministro sustentou a necessidade de colocar plataformas nos municípios de Bom Jesus da Lapa, Jequié e Guanambi e ainda mencionou a viabilidade da estrada de ferro de Juazeiro até o Porto de Aratu.

O governador Jaques Wagner encerrou o evento afirmando que a Fiol trará mais competitividade ao agronegócio baiano e criará um vetor logístico do oeste ao oceano Atlântico. “O desenvolvimento da indústria também estará assegurado por meio do Porto Sul e da hidrovia do São Francisco (primeira hidrovia baiana das carrancas, que liga Pirapora a Juazeiro)”, completa, destacando a importância de a Bahia não ficar de fora da logística nacional.

O governador justificou que a pressa brasileira não pode implicar em agressão ao meio ambiente. “Precisamos aproveitar o momento de forma sustentável, preservando e ao mesmo tempo pensando no emprego e desenvolvimento econômico, pois se a usura é predadora, a miséria também é”, reflete.

Experiência – As empresas do empresário Olacyr de Moraes, considerado na década de 80 como o rei da soja, passou pelas mesmas dificuldades hoje enfrentadas pela Bamin, que tem custo alto para escoar sua produção até o porto de Tubarão (ES). Moraes ajudou a construir a Ferrovia Norte Brasil (Fernorte) com o propósito de ligar Porto Velho (RO) e Santarém (PA) ao porto de Santos, passando por Cuiabá (MT) com uma interligação com a FEPASA, em Santa Fé do Sul (SP). A malha viária foi inaugurada em 1988 e foi a primeira estrada de ferro privada do Brasil, responsável pelo escoamento de 60% da soja do Mato Grosso.

Presente no evento, o empresário Olacyr Moraes, que atualmente estuda a exploração de manganês em Barreiras, assegura que os trabalhos na região estão travados, devido às “exigências absurdas” dos estados da Bahia e Minas Gerais. “Os trabalhos estão emperrados porque os estados inviabilizam a lavra para transformar manganês em riqueza. É preciso realizar eventos como este para que esclarecimentos sejam feitos”, finaliza.

Fonte: www.fiolbahia.com.br
Foto: Manu Dias/ Secom

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