Commodities Agrícolas

Publicado em: 6 de junho de 2011

Problema na entrega – O congestionamento nos portos brasileiros, que está atrapalhando as entregas de açúcar do país, acabou impulsionando ontem os preços futuros do adoçante negociados na bolsa de Nova York. Os papéis com vencimento em outubro fecharam o dia cotados a 23,38 centavos de dólar por libra-peso, com alta diária de 102 pontos. O Brasil é o maior produtor de açúcar do mundo. De acordo com especialistas ouvidos pela Bloomberg, os problemas envolvendo a entrega da commodity deverão perdurar até julho. “Os fundamentos são altistas”, afirmou à agência americana Sterling Smith, analista da Country Hedging, em Minnesota. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 50 quilos do açúcar ficou ontem em R$ 54,65, sem variação diária.

Reversão de tendência Os contratos futuros do café com entrega em setembro fecharam na quinta-feira a 264,80 centavos de dólar por libra-peso na bolsa de Nova York. Isso representou uma alta diária de 550 pontos. Foi uma reversão de tendência em relação ao pregão anterior, durante o qual um movimento de liquidação de contratos por parte de fundos de investimentos provocou um tombo nos papéis nova-iorquinos. Os traders não descartam que a fuga dos investidores das commodities continue nos próximos dias, dependendo de fatores macroeconômicos não relacionados aos fundamentos de oferta e demanda desses produtos. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos do café ficou em R$ 519,03, com variação diária negativa de 0,33%.

       Tempo úmido O tempo úmido nas regiões produtoras de soja nos Estados Unidos continuou preocupando o mercado ontem, com a possibilidade de uma retração na área plantada com a oleaginosa nesta safra por causa de atrasos no plantio. Os traders estão especialmente atentos na área semeada devido aos baixos estoques de soja do país. Essas questões repercutiram nas cotações futuras da commodity. Na bolsa de Chicago, os papéis com entrega em agosto fecharam o dia a US$ 14,0050 por bushel, com alta de 18,50 centavos de dólar. “O plantio ainda está muito devagar”, disse Don Roose, presidente da U.S. Commodities, em entrevista à Bloomberg. No mercado doméstico, o indicador Cepea/BM&FBovespa para a saca de 60 quilos ficou em R$ 48,55, com variação positiva de 1,34%.

       Atraso no plantio Os futuros do milho negociados na bolsa de Chicago encerraram a quinta-feira a US$ 7,4150 por bushel para entrega em setembro, com alta diária de 13,25 centavos. Mais uma vez, a expectativa de retração na área plantada nos Estados Unidos parece ter impulsionado o mercado. De acordo com o Linn Group, empresa de pesquisas sobre commodities e gerenciamento de ativos, o clima ruim em regiões americanas está atrasando o plantio e isso poderá resultar em retração da área semeada de 36,2 milhões de hectares, estimados em maio, para 35,3 milhões. A previsão é inferior à do USDA (37,3 milhões). No mercado interno, o indicador Esalq/BM&FBovespa para a saca de 60 quilos do milho ficou em R$ 30,25, com valorização diária de 1,20%.

Fonte: Agrolink

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