A valorização das commodities no mercado interno e externo deve favorecer o agronegócio neste ano, embora a evolução do preço dos produtos não deva ser tão positiva como no ano passado, conforme avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões.
Segundo ele, que também participou do Fórum Democrático para o Desenvolvimento de Minas Gerais, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), 2011 será um ano de maior cautela no setor, já que o cenário ainda é incerto quanto à política econômica a ser adotada pelo governo federal em relação ao agronegócio. “Não podemos ousar demais este ano. Há a questão dos juros e dos cortes de despesas pretendidos pelo governo”, afirmou.
Na opinião do presidente da Faemg, a tendência é de manutenção dos preços das culturas que estão com a demanda mais acentuada. “Aquelas (culturas) que tiverem boa safra deverão continuar em alta”, disse, citando o algodão como exemplo.
Em função do forte aumento de preço sofrido pelo algodão no ano passado – alta de mais de 100% nos últimos 12 meses – a indústria têxtil e de confecções já pediu apoio do governo para obter financiamento e compor capital de giro das empresas no período da entressafra da commoditty.
Assim como o algodão, as vendas de café e sofá também estão bastante aquecidas. Em janeiro, as exportações mineiras do agronegócio, segundo os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) cresceram cerca de 32,1%. O resultado foi influenciado principalmente pelos embarques desses dois produtos primários.
No período, o faturamento do Estado chegou a US$ 624,153 milhões. O índice de crescimento da receita gerada pelo embarque dos produtos mineiros ficou superior ao brasileiro. O aumento registrado no valor das exportações brasileiras foi de 26,3% em comparação com janeiro de 2010, alcançando US$ 5,1 bilhões.
O café, principal produto da pauta exportadora do agronegócio mineiro, encerrou o mês anterior com aumento de 69,3% na receita, sendo destinadas ao exterior cerca de 113,3 mil toneladas, alta de 19% frente igual período do ano anterior.
Fonte: Abrapa
