Compartilhar conhecimento tem sido a chave do sucesso da Abapa

Publicado em: 17 de novembro de 2020

Seja no treinamento de pessoas, seja na disseminação de conteúdo, a associação prega a máxima de que quanto mais informações, mais eficiente são os resultados

O agronegócio brasileiro, a cada ano, atinge níveis cada vez mais avançados do ponto de vista do uso da tecnologia, a qual deve estar em consonância com as questões ambientais, para a produção de um algodão sustentável. Com o intuito de orientar os cotonicultores sobre práticas sustentáveis e atendimento às regras vigentes, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) vem adotando meios de disseminar conhecimento e informação aos interessados.

A criação do Centro de Regularização Ambiental é uma dessas ações. Criado em 2014 com o objetivo de orientar, representar institucionalmente e acompanhar os processos de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), entre outros inúmeros serviços, o Centro, anualmente, realiza mais de 300 atendimentos vinculados à adequação/regularização ambiental no setor agrícola das propriedades rurais/algodão da região Oeste da Bahia. Além disso, analisa e acompanha, por ano, em torno de 480 processos de notificações e autos de infrações (multas, embargos e interdições).

Durante entrevista para a série comemorativa de 10 anos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), o presidente da Abapa, Júlio César Busato, explicou que o projeto, tocado a partir de investimentos do IBA, ajudou a dirimir dúvidas dos produtores a respeito da legalização ambiental após a implantação do Código Florestal Brasileiro.

“Contratamos pessoas especializadas para prestar orientação aos produtores sobre como deveriam proceder para estarem adequados à legislação ambiental. O resultado é que a região Oeste da Bahia foi a que fez as adequações mais rápidas e a que tem mais áreas regularizadas”, comemora.

Outro projeto de sucesso conduzido pela Abapa é o de qualificação profissional, cujas demandas identificadas pelos produtores vão ao encontro das atividades desenvolvidas pelo Centro de Treinamento da Abapa. Por meio dos programas educacionais, o objetivo do projeto é promover a especialização dos trabalhadores e a redução dos custos operacionais, que são um grande gargalo para a viabilidade econômica da cotonicultura. A meta é qualificar cerca de 22 mil pessoas nas seguintes áreas: mecanização agrícola, beneficiamento e classificação do algodão, normas regulamentadoras, cozinha agrícola e informática.

“A cultura do algodão é muito especializada e precisávamos preparar as pessoas para operar essas máquinas, técnicos agrícolas para fazer manejo de pragas e gerentes de fazendas, além de oferecer cursos voltados à segurança no trabalho a fim de evitar acidentes”, explica o presidente.

Das iniciativas promovidas pela associação, merece destaque especial o projeto Patrulha Mecanizada. Inicialmente, a ideia era construir pequenas barragens para proteger os rios do assoreamento e fazer manutenção das estradas vicinais. No entanto, a ação foi além. Somente em 2019, foram pavimentados 73 quilômetros de estradas, com investimentos na ordem de R$ 30 milhões para a aquisição de máquinas, manutenção e custeio das operações.

Ainda em novembro, será entregue a terceira linha de asfalto, com cerca de 120 km.

O projeto, que é uma parceria entre o IBA, Prodeagro, Fundeagro, produtores e Abapa, ainda prevê pavimentar mais 300 km de vias. “É um ganho para toda a região: reduz custos de logística e manutenção de carros, além do tempo de deslocamento”, finaliza Busato.

Continue a acompanhar conosco a série comemorativa dos 10 anos do IBA.

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