Dia de Campo do Algodão traz o tema Estabilidade, Rentabilidade e Qualidade da Fibra

Publicado em: 13 de junho de 2017

Aconteceu na manhã do último sábado, 10, mais uma edição do Dia de Campo do Algodão, em Luís Eduardo Magalhães, apoiado pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), e realizado pela Fundação Bahia e Embrapa. O evento técnico, já tradicional no calendário do agronegócio, trouxe este ano, o tema: Estabilidade, Rentabilidade e Qualidade da Fibra, com o objetivo de trazer conhecimentos técnicos sobre a cotonicultura e as novidades do setor. O público estimado foi de 350 pessoas, entre eles produtores, estudantes e parceiros do evento.

Na ocasião, a diretoria e a equipe da Abapa, usaram as camisetas da campanha Sou de Algodão. “O ‘movimento Sou de Algodão’ é coordenado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, que juntamente com parceiros ligados ao setor, buscam mostrar as vantagens da utilização de roupas feitas com algodão e o que está envolvido em termos de sustentabilidade socioeconômica e ambiental dos envolvidos na cadeia”, explicou o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato.

O evento contou com três estações principais. A primeira teve a apresentação das Cultivares BRS Bollgard II RF com Fibra de Qualidade, acompanhados pelo Dr. Liv Severino, da Embrapa e Zirlene Pinheiro, da Fundação BA. A visita aos plots, na primeira estação foi orientada pelo Dr. Nelson Suassuna, da Embrapa e Eugênio Munduruca, da Fundação Bahia.

Um dos diferenciais dessa edição, foi o mini laboratório de qualidade de fibra, coordenado pela Abapa, que mostrou a importância das características intrínsecas, medidas pelos equipamentos de HVI e as características extrínsecas, feitas pela classificação visual, com base nas caixas de algodão padrão que são referências mundiais. Esses fatores, são fundamentais para medir e determinar a qualidade da fibra, que pode ou não agregar valor ao algodão. O espaço teve como facilitador, o gerente do Centro de Análise de Fibras da Abapa, Sérgio Brentano. O evento contou ainda, com um mini laboratório de fitonematóides.

Outra novidade, foi a apresentação das novas cultivares BRS 430 B2RF, BRS 432 B2RF e BRS 433 FL B2RF, com garantia de alta produtividade, estabilidade de produção, fibra de qualidade superior, além de resistência às principais lagartas que atacam o algodoeiro e ao herbicida glifosato. “Nossos dias de campo beneficiam o produtor, pois buscamos atender todas as demandas que nos são reivindicadas”, disse Ademar Marçal.

Na segunda estação, o tema foi a Situação Atual e Perspectivas da Cotonicultura do Oeste Baiano, com Dr. Eleusio Curvelo, e as Demandas da Indústria Têxtil: Qualidade de Fibra do Algodão, com Sérgio Benevides. Encerrando o ciclo técnico, a terceira estação trouxe o Panorama Fitossanitário. O tema Nematóide foi apresentado pelo Dr. Fabiano Perina, da Embrapa; e o tema sobre o bicudo-do-algodoeiro, foi apresentado pelo coordenador do Programa Fitossanitário da Abapa, Antonio Carlos Araújo e pelo presidente, Júlio Cézar Busato.

Para Busato, o foco está nas ações do Programa Fitossanitário no controle do bicudo. “O sucesso do Programa Fitossanitário deve-se a participação dos produtores, para diminuir o número de aplicações de defensivos, reduzir as perdas causadas por esta praga e aumentar a lucratividade do agricultor”. O presidente contou que houve um grande avanço, quando foram criados os núcleos regionais e eleitos os respectivos líderes, o que permitiu que os mesmos discutissem as melhores estratégias. “Com essa participação dos produtores, tivemos um ganho muito grande e conseguirmos reduzir o número de aplicações, o que diminui os custos de produção e melhora a rentabilidade do produtor”, contou. Na ocasião, os produtores-líderes dos núcleos, Marcelo Kappes e Orestes Mandelli, Anderson José Pletsch, Ademar Marçal, Celito Missio e Celito Breda, entre outros, deram depoimentos sobre o trabalho e resultado dos núcleos.

O Programa Fitossanitário da Abapa é subsidiado pelo IBA e Fundeagro e 85% dos recursos são investidos em ações são orientativas. A equipe conta com 13 pessoas, que atendem aproximadamente 202 mil hectares de algodão nas regiões oeste e sudoeste da Bahia.

O Dia de Campo do Algodão é realizado também com o apoio Fundeagro e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).

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