Júlio Cézar Busato é aclamado presidente da Abrapa para biênio 2021/2022

Publicado em: 17 de dezembro de 2020

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta quarta-feira (16), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) deu posse à nova diretoria que vai gerir a entidade pelos próximos dois anos. O novo presidente sucede a Milton Garbugio, a partir do dia 1º de janeiro. Desde a criação da Abrapa, em 1999, as eleições da presidência da associação seguem uma linha sucessória pré-estabelecida na composição da diretoria, que permite saber, com antecedência e por longo prazo, os próximos presidentes. Em sua plataforma de gestão, Busato elencou cinco frentes prioritárias de trabalho: qualidade, rastreabilidade/dados, sustentabilidade, promoção e relações institucionais.

“Minha missão será a mesma de todos os presidentes que já passaram pela Abrapa, entregar, no último dia do biênio, uma associação melhor e maior do que eu recebi. A Abrapa é hoje uma entidade de representação de classe modelo para todas as cadeias do agro, e é essa disposição de fazer sempre o melhor que nos faz referência em organização, qualidade e força”, afirmou Busato.

Dentre os desafios de dar o que ele chama de “um passo à frente em inovação”, Busato definiu o avanço no programa Standard Brazil HVI, que trata da qualidade nos resultados de análise instrumental de fibra por HVI (High Volume Instrument). A meta é criar uma espécie de “visto” para o algodão brasileiro exportado, de modo que ele tenha, de antemão, a credibilidade do mercado. “O nome ainda é provisório, mas estamos chamando de Blue Card, uma iniciativa a ser implementada com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que, através de um certificado, ateste a rastreabilidade e a qualidade da fibra produzida no país, por meio de um programa de autocontrole”, explicou.

Também na linha da inovação, na área da rastreabilidade, na qual, atualmente, a Abrapa já tem uma estrutura que permite aos compradores e vendedores da pluma brasileira saber, através de um código de barras, o passo a passo do produto – de que fazenda veio, onde foi beneficiado, resultados de análise de HVI, etc – entre uma série de avanços, uma das metas mais arrojadas é lançar uma plataforma que permita a total rastreabilidade da cadeia de fornecedores. “Este é um projeto que já vem sendo desenvolvido, com a participação de duas grandes marcas do varejo nacional. Além da rastreabilidade total do processo produtivo, também será possível rastrear a sustentabilidade, atestada pelo programa ABR”, adiantou Busato. A plataforma apresentada pelo novo presidente indicou a continuidade, expansão e avanço em todos os programas da Abrapa, como o movimento Sou de Algodão e o Cotton Brazil. Também há inovações no Congresso Brasileiro do Algodão (13º CBA), que, neste ano, acontece na Bahia.

“Júlio, além de um excelente produtor, é uma pessoa competente, criativa e inquieta. Tenho certeza de que fará uma grande gestão, rumo à meta de todos nós, que é levar o algodão do Brasil ao topo”, afirmou Milton Garbugio. “Este ano não teremos o nosso tradicional evento de posse, por conta da pandemia, mas, com certeza, em breve teremos muitas ocasiões de comemorar juntos”, concluiu.

Mini Bio

Júlio Cézar Busato nasceu em Casca, no Rio Grande do Sul, há 59 anos. É descendente de uma longa linhagem de agricultores, o que inspirou sua formação de Engenheiro Agronômo, graduado pela Universidade de Passo Fundo/RS. Em 1987, mudou-se para a Bahia onde, com a família, fundou a Fazenda Busato/Grupo Busato, que produz, além do algodão, soja e milho, nos municípios de São Desidério, Serra do Ramalho e Jaborandi. É uma liderança de classe atuante e reconhecida no Brasil: foi presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), do Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro) e do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro). Desde 2011, quando começou a se dedicar à representação de classe, teve e tem assento em diversos fóruns, conselhos e câmaras do setor agrícola. Dentre estes, foi vice-presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), preside a Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA/Mapa), e, a partir de 01 de janeiro de 2021, presidirá a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), da qual é vice-presidente, para o biênio 2021/2022.

Imprensa Abrapa

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