Novas práticas são estratégias para combater problemas fitossanitários

Publicado em: 30 de agosto de 2017

O algodão é uma planta que possui glândulas que segregam açúcar e isso é um fator atrativo para pragas. Com a chegada da produção de algodão no cerrado, ele passou a conviver com a soja e o milho e problemas fitossanitários que eram específicos de uma cultura, migraram para outras. Para atualizar produtores e profissionais do segmento quanto a novos problemas e suas tecnologias de proteção, foi realizado nesta terça-feira (dia 29/08), o minicurso “Proteção de plantas e novos problemas dos sistemas de produção”, integrando a programação científica do 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA).

De acordo com o palestrante Walter Jorge dos Santos, engenheiro agrônomo da Agroambiental Consultoria, a rotação de culturas é fundamental para o ambiente, mas de modo geral, ocasiona contato com outros indivíduos, como pragas que são típicas de todo o sistema.

Para combater os problemas causados pela mobilidade das doenças que passam de um sistema para outro, estão surgindo novas tecnologias para atacá-las, como é o caso de culturas transgênicas e de herbicidas que em breve estarão disponíveis no mercado brasileiro, como Dicamba 24D.

Professor do Departamento de Produção Vegetal da Esalq, Pedro Chistoffoleti foi o segundo palestrante do minicurso e pontuou os desafios que o produtor enfrenta no controle de novas ervas daninhas de grande resistência a herbicidas. “É necessário utilizar novas adaptações em seu sistema de plantio e refletir um pouco sobre os instrumentos que estão sendo utilizados em seus sistemas agrícolas. Embora o produtor diversifique o sistema, ele não varia o herbicida e isso gera esses problemas de plantas de difícil controle”, alerta.

Ainda de acordo com Chistoffoleti, como na área de herbicidas não houve evolução de novos produtos, a principal recomendação é variar o sistema de manejo e o uso de defensivos, além de reaprender a usar produtos antigos de uma maneira diferente.

“Precisamos pensar no sistema como um todo. Nenhum produtor é exclusivamente de algodão. É preciso rotacionar as culturas, quer seja com soja, milho ou até com trigo, pois os problemas de plantas daninhas são recorrentes”, diz. As discussões ganharam fôlego com a participação do pesquisador da Embrapa, Luiz Chitarra, que reforçou as informações sobre os novos problemas do sistema de produção.

O 11°Congresso Brasileiro do Algodão (11°CBA) é realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e acontece até 1° de setembro, no Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió.

 

 

Imprensa Abrapa/ CBA

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