Pesquisadores analisam avanço dos problemas fitossanitários nas lavouras brasileiras

Publicado em: 31 de agosto de 2017

Em média, os cotonicultores brasileiros gastam de US$ 300 a US$ 350 por hectare em controle de pragas. Em paralelo, a pressão da população destas espécies sobre a lavoura só avança. Estas e outras tendências de aumento dos problemas fitossanitários no país foram analisadas por especialistas na tarde desta quinta (31.08) durante o 11º Congresso Brasileiro de Algodão (11° CBA). Realização da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), o evento reúne até esta sexta (01.09) 1,2 mil participantes, no Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções de Maceió, em Alagoas.

“Nos últimos anos, nós verificamos aumento não apenas na variedade de espécies de pragas como na densidade, com o crescimento das populações”, ressalta o entomologista Walter Jorge dos Santos. Assessor técnico da Agroambiental consultoria, o pesquisador fez uma análise das pragas mais comuns que afetaram a lavoura do cerrado brasileiro na safra 2015/2016.

Segundo o pesquisador, um aspecto que chama atenção desta análise é o retorno de pragas antigas no Brasil, como o tripes, que voltou a ser um inseto comumente encontrado nas lavouras, depois de mais de 15 anos.  “Também foram identificadas populações expressivas de insetos como a mosca-branca e a lagarta Spodoptera frugiperda, conhecida como lagarta-do-cartucho ou lagarta-militar”, ressaltou.

Além da análise sobre as pragas, a plateia da sala temática sobre problemas fitossanitários acompanhou um estudo sobre o aumento dos problemas com doenças no cerrado do Brasil apresentado pelo fitopatologista Rafael Galbieri, coordenador do Departamento de Fitopatologia e Nematologia do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt). Já o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luis Eduardo Pacifici Rangel, fez uma avaliação das pragas e doenças quarentenárias do Brasil e das ações realizadas para mitigação de riscos.

 

Imprensa Abrapa/ CBA

Catarina Guedes

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