Produtores baianos vão iniciar estudo para monitoramento agroclimático em parceria com Embrapa e Climatempo

Publicado em: 20 de junho de 2018

O presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Júlio Cézar Busato, esteve reunido nesta terça feira (19), em São Paulo (SP), com o pesquisador da Embrapa Territorial, o engenheiro agrônomo e Dr. em Agronomia, Paulo Barroso, com o objetivo de ajustar os detalhes técnicos para iniciar o projeto de monitoramento agroclimático para o oeste da Bahia. O estudo pretende gerar uma plataforma que vai fornecer dados em tempo real para auxiliar os produtores rurais na ‘tomada de decisão’, garantindo melhores resultados e precisão em processos como plantio, pulverização e colheita. Além da Abapa e Embrapa Territorial, estão envolvidos neste projeto a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Fundação Bahia e Climatempo.

Com esta plataforma os agricultores poderão reduzir os custos e maximizar a aplicação de recursos ao se anteciparem aos fatores climáticos que tanto interferem na produção agrícola. Entusiasta do projeto, o pesquisador Paulo Barroso, acredita que o Oeste da Bahia servirá de modelo a ser replicado nas demais regiões produtoras no Brasil. “O trabalho integrado entre as instituições irá transformar o Oeste da Bahia na vanguarda da Agrometeorologia do mundo ajudando os produtores locais a aumentar ainda mais a produtividade”, afirma. Embora tenha sido criada uma plataforma que permite a assimilação dos dados das estações meteorológicas já existentes nas propriedades rurais, o projeto deverá fomentar uma melhor infraestrutura, com mais estações, e uma rede eficiente de circulação e tratamento das informações sobre clima específicas para o oeste baiano.

“Em uma área semelhante ao Estado da Bahia, nos Estados Unidos, os modelos processam em tempo real dados de mais de duas mil estações meteorológicas. Na Bahia existem apenas 50 estações somando todos os órgãos oficiais como INMET, do Ministério da Agricultura e CPTEC, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e dados dos aeroportos do Comando da Aeronáutica”, compara o presidente da Climatempo, Carlos Magno, ao reforçar a importância do desenvolvimento deste projeto para garantir uma previsão mais confiável. “Sobretudo no caso de grandes plantações, um erro pode representar a diferença entre lucro ou prejuízo”, afirma.

Ao colaborar na prática para reduzir erros e investimentos em eventuais mudanças no regime de chuvas, o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, acredita que o projeto vai maximizar, por exemplo, o resultado das pulverizações e para auxiliar no monitoramento fitossanitário de doenças das culturas como a Ferrugem da soja, Ramulária e Mofo Branco. “As informações desta pesquisa vão colaborar com o estudo que está avaliando o potencial hídrico do oeste da Bahia, fornecendo dados precisos da capacidade de recarga do Aqüífero Urucuia para cada microrregião que compõe o oeste da Bahia”, afirma. Em dezembro do ano passado, os técnicos da Embrapa e do Climatempo se reuniram com as equipes da Aiba e Abapa, quando relataram os gargalos na sistematização e armazenamento das estações meteorológicas do oeste da Bahia, reforçando a importância de um banco de dados unificado para nortear as ações dos agricultores e das entidades representativas na região.

Assessoria de Imprensa Abapa

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