Representantes do Matopiba se reúnem com pesquisadores da Embrapa

Publicado em: 3 de abril de 2014

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Na manhã do dia 29 de março, em Luís Eduardo Magalhães, pesquisadores e diretores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), produtores rurais e representantes da região do Matopiba, formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, se reuniram para discutir as demandas da região, relacionadas aos sistemas agrícolas que são desenvolvidos nestes estados.

Os pesquisadores puderam conhecer um pouco da realidade da região Matopiba, região com vocação semelhante para as três principais culturas de soja, milho e algodão, mesmas características em termos de tecnologias e com muitos produtores em comum. “A nossa demanda por pesquisa é muito grande. Temos nossa realidade, e estamos carentes de estudos mais aprofundados”, disse o presidente da Fundação Bahia, Ademar Marçal, que apresentou as principais necessidades da região oeste, destacando o Centro de Pesquisa focado no Algodão, o melhoramento de soja e algodão com cultivares convencionais e com resistência à doenças, o trabalho com agentes biológicos para controle de pragas, e a integração da lavoura e pecuária, como as principais demandas da região.

“Sabemos que muitas dessas demandas, a Embrapa domina e pode contribuir para o desenvolvimento. Também precisamos evoluir no mercado do algodão, hoje temos pouca participação no mercado e precisamos crescer e melhorar nesta área. Se criou uma expectativa em relação à presença da Embrapa no oeste da Bahia. Estamos prontos para investir em pesquisa, para tornar o nosso desenvolvimento cada vez mais sustentável”, ressaltou Marçal.

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O diretor da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celito Breda, salientou sobre a necessidade de uma dedicação especial voltada ao algodão. “Em função de termos condições climáticas diferenciadas das demais regiões, com muito veranico, o algodão seria o carro chefe para puxar a pesquisa. Diferente de outros estados, temos uma condição muito boa, quase perfeita para focar no algodão. Chegou a hora de investir em pesquisa. Se olharmos o que outros países investem, como os EUA, veremos que investimos muito pouco ainda”, disse.

Segundo o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Martin Neto, a entidade tem se envolvido com as causas do Matopiba, desenvolvendo projetos e tentando maior integração com o setor produtivo. “Temos um grupo de trabalho para estudar a região, esse grupo irá nos ajudar a entender melhor essa realidade, no ponto de vista agrícola, ambiental, dentre outros fatores. Na pesquisa já temos um grupo repensando as melhores ações, e vamos fazer um workshop para construir as demandas e uma agenda de ações”, disse o diretor.

Na oportunidade os representantes do Tocantins e do Piauí também expuseram as necessidades dos estados. Segundo o secretário executivo da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Tocantins (Seagro), Ruiter Padua, o encontro foi muito produtivo. “A nossa principal demanda é por pesquisas de desenvolvimento de variedades de espécies compatíveis a estas áreas específicas. Foi uma oportunidade muito produtiva, de troca de experiências e informações, e também uma possibilidade de estreitar laços com os estados integrantes do Matopiba”, reforçou o secretário executivo.

Ascom Abapa

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