Abapa apoia evento que evidencia cacau como nova aposta de diversificação de cultura no Oeste da Bahia

Publicado em: 20 de abril de 2024

Há cinco anos, produtores do Oeste da Bahia apostaram no cultivo de cacau no cerrado, em áreas de pleno sol, contrariando o histórico na cultura no Brasil, cultivada em áreas de mata atlântica e de mata na Amazônia. Os resultados têm sido altamente positivos, com produtividade excepcional. Enquanto a média brasileira é de 330 quilos por hectare, no Oeste baiano, a média alcança impressionantes 3.500 quilos por hectare, ou seja, mais de 10 vezes a média nacional.

Esses resultados expressivos foram apresentados durante o terceiro evento Cacauicultura 4.0, realizado em Riachão das Neves (BA) nos dias 19 e 20 de abril. O evento reuniu produtores do sul da Bahia e de estados como Ceará, Mato Grosso, São Paulo e Pará, juntamente com produtores do Oeste, empresários e interessados na cultura do cacau. Um ponto de destaque foi o atual preço da commodity, que atingiu níveis históricos.

“O preço do cacau nunca esteve tão alto, talvez sendo o mais alto dos últimos 50 anos. No mercado de Nova Iorque, chegou a ultrapassar 10 mil dólares a tonelada, enquanto a média histórica fica entre 2.500 e 3 mil por tonelada”, explicou o produtor e organizador do evento, Moisés Schmidt.

Apoiadora da iniciativa, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) foi representada pelo seu presidente, Luiz Carlos Bergamaschi. Ele destacou a importância da diversificação das culturas, ressaltando que “os cotonicultores têm potencial para associar o cacau junto com o algodão”. Para ele, o cacau que se instala na região é uma realidade promissora. “Amparado pelo o que temos de melhor, o potencial ambiental que a Bahia oferece, o cacau traz a diversidade de culturas para a região, promovendo o desenvolvimento econômico e fortalecendo a agricultura do Oeste e a Bahia como um todo”, disse Bergamaschi.

Moisés Schmidt reforçou o potencial de disseminação de boas práticas e informações do evento, “é uma oportunidade para transmitir o que aprendemos nestes cinco anos de experiências envolvendo o cacau e estarmos mais próximos uns dos outros”, finalizou. Além de palestras, mesas redondas e dia de campo, a iniciativa contou com uma sessão itinerante da Comissão de Agricultura de Política Rural da Assembleia Legislativa da Bahia, com objetivo de reforçar o debate entre os presentes sobre a inovação, sustentabilidade e desenvolvimento da cadeia produtiva do cacau na região Oeste da Bahia.

Assessoria de Imprensa Abapa – 20.04.2024

 

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