A manhã desta quarta-feira (2) marcou o lançamento do aplicativo “Monitora Oeste”, que emite alertas no celular dos produtores do cerrado da Bahia, acerca de duas doenças de grande repercussão nas culturas do algodão e da soja: a ramulária e a ferrugem asiática, respectivamente. A tecnologia é fruto de uma parceria entre a Embrapa e a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), e desponta como estratégica à produção dessas commodities no estado, tendo em vista que, caso não controladas, essas pragas podem gerar perdas de 30 a 75%, no caso do algodoeiro, ou de até 90%, no caso da soja. O lançamento do produto transmitido ao vivo, no canal da Abapa no YouTube.

Durante sua fala na abertura do evento, o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, afirmou que a associação, ao colaborar com o desenvolvimento da nova tecnologia, auxilia seus associados na busca de rentabilidade e sustentabilidade. Na sua avaliação, o aplicativo colabora para a assertividade na tomada de decisões relativas ao controle das doenças. Ele também ressaltou a importância da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Fundação Bahia para o desenvolvimento da tecnologia e o seu uso.

“Os efeitos positivos de uma nova tecnologia não se restringem à fazenda, mas vão além, promovendo, em cascata, benefícios reais à região, ao estado e ao país”, considerou. “A Abapa é uma grande fomentadora de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que garantem aos seus associados os elementos necessários para o incremento da produtividade. Isso traz maior rentabilidade e se alinha à nossa busca diária por sustentabilidade econômica, social e ambiental”, afirmou Bergamaschi.

O Chefe Geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti Amaral, observou que a Embrapa utiliza inteligência, gestão e monitoramento dos territórios, com o objetivo de alavancar a competitividade do agronegócio brasileiro, através do fomento a políticas públicas e privadas destinadas a enfrentar os reais desafios do setor. “O Monitora Oeste é uma parceria, com a qual a Embrapa e a Abapa conseguiram chegar mais longe, para impactar de forma positiva a produção agropecuária do Oeste da Bahia, um dos territórios mais pujantes do agro brasileiro”, considera Spadotti.

Ele aponta, dentre as principais funcionalidades do “Monitora Oeste”, a perspectiva de racionalizar o uso de defensivos agrícolas, com o resultado positivo de diminuir os custos e os impactos ambientais, promovendo a competitividade e a sustentabilidade da produção agrícola na região.

Através do Monitora Oeste, o usuário pode fazer consultas a mapas diários das ocorrências de ramulária e da ferrugem asiática, além de conferir as condições climáticas favoráveis para que elas ocorram. As buscas podem ser filtradas por municípios, tipos de áreas de cultivo e núcleos fitossanitários.

O banco de dados do Monitora Oeste é alimentado por uma rede de informantes composta por pesquisadores, extensionistas e produtores regionais que percorrem os campos baianos de plantações de soja e de algodão durante o período de safra. Ao descobrirem focos de doenças, eles lançam as informações no sistema, e, instantaneamente, os alertas chegam ao celular do produtor cadastrado, dando-lhe tempo para a tomada de decisão.

02.02.2022

Imprensa Abapa

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