A primeira capacitação foi voltada aos inspetores de laboratório
A Bahia participou, com quatro pessoas, do treinamento dos primeiros inspetores designados pelos laboratórios de análise de algodão do país, para o Programa de Autocontrole para a Certificação de Conformidade da Qualidade do Algodão Brasileiro. Os inspetores serão os responsáveis por aferir todas as etapas dos processos, desde o recebimento da “mala”, pelo laboratório, até a emissão do resultado da análise de HVI (High Volume Instrument). O treinamento ocorreu, no dia 14 de fevereiro, sob a supervisão da Superintendência Federal de Agricultura do Distrito Federal, SFA/DF, e foi aprovado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), do Ministério da Agricultura. Novas capacitações estão previstas para inspetores de algodão em pluma, das unidades de beneficiamento, a partir de março, e o estado que é o segundo maior produtor brasileiro da fibra se prepara para sediar novas capacitações.
Durante o treinamento, os inspetores conheceram o passo a passo do processo de certificação oficial, desde as etapas da algodoeira até a validação final pelo Mapa. Esta operação conjunta entre a Abrapa e o Ministério representará um grande salto na credibilidade e imagem do algodão brasileiro ante o mercado, assim como menos burocracia e dispensa de rechecagens, pelos compradores, pelo pressuposto de que a análise do produto comercializado é fidedigna e chancelada pelo Governo Federal.
De acordo com o gerente do Centro de Análise de Fibras da Abapa, Sérgio Brentano, mais que nunca a atenção ao rigor dos processos será importante. “Qualquer falha nos procedimentos de laboratório, e, antes dele, na coleta e transporte das amostras, pode desabilitar um fardo, trazendo grande prejuízos ao produtor”, afirma Brentano. A calibragem das máquinas com o algodão do Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), como preconizada no programa Standard Brasil HVI, foi uma das questões mencionadas, no âmbito do laboratório. “Uma amostra fora das especificações da IN 24 vai desabilitar aquele algodão para a certificação oficial, e o inspetor será o agente que validará cada item do check list e se responsabilizará por garantir a fidedignidade das informações fornecidas”, explica.
Para o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, a certificação oficial será um grande reforço na credibilidade do algodão brasileiro e do Brasil, como origem de pluma. “Sabemos que há muito a ser feito e entendido neste novo processo. Nos últimos 20 anos, a cadeia produtiva do algodão no Brasil tem feito um grande esforço em aprimoramento, tanto no produto quanto nos processos, para garantir qualidade, angariar credibilidade e fortalecer a imagem do algodão brasileiro. A certificação oficial significa que entregamos o que prometemos, somos validados pelo Governo e o ‘passe livre’ para o mercado será o reconhecimento da nossa confiabilidade”, finalizou Bergamaschi.
16.02.2023
Imprensa Abapa
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